terça-feira, 13 de maio de 2014

Leitura e Produção Textual 8º



Leitura e produção textual – 8º ano

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Realizar antecipações e interpretações durante uma leitura; discutir diferentes interpretações; identificar o estilo de um autor; desenvolver habilidades leitura, interpretação, reflexão e expressão escrita e oral; desenvolver habilidades para revisão de textos; desenvolver a capacidade de argumentação; desenvolver a atitude de colaboração.
Duração das atividades
4 aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Faça um levantamento sobre o que os alunos sabem a respeito sobre processadores de texto e seus recursos, bem como sobre ferramentas de produção de texto na Internet. Essas informações podem ser interessantes para a organização dos agrupamentos e usos de ferramentas na etapa de produção textual.
Estratégias e recursos da aula
1ª. Etapa:

Discutindo Felicidade Clandestina....

Pergunte aos seus alunos se já tiveram algum objeto de desejo, algo que queriam muito e que alguém conhecido o tivesse. Instigue-os a detalhar o que desejavam. Motive-os, assim, a ouvir o conto Felicidade Clandestina, informando-lhes que é uma obra de Clarice Lispector, baseada em memórias de infância sobre algo que ela também desejava muito...

Apresente, então, o 1º. Episódio do programa Categorias Literárias, exibido pela Biblioteca Virtual dos Estudantes de Língua Portuguesa, com o conto "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector

Estimule as interpretações. É importante que entendam que na discussão de um texto literário não existem respostas certas ou únicas. Para promover e ampliar o debate, estimule-os comentar sobre personagens, sobre os pensamentos e sentimentos do narrador: em que voz fala o narrador? O que caracteriza as personagens? Que recursos da língua o narrador usou para descrevê-las? É interessante conversar sobre como uma descrição pode causar impacto no leitor e como Clarice Lispector optou por descrever detalhadamente o pensamento da personagem, mais do que descrever os fatos no trecho inicial do conto. E mais: incentive-os a fazer antecipações e inferências: o que o título sugere que vai acontecer no conto? Quais palavras são desconhecidas no texto? É possível ter uma idéia do que significam lendo o parágrafo em que estão inseridas?


É interessante que os alunos recebam cópias do trecho ouvido, para que, com o texto em mãos, sejam provocados a trocarem as impressões.

A fonte original está em: Lispector, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. Você encontra também o conto disponível na Internet. Exemplo :
http://www.apetesp.com.br/cursos/obras/livros/classicos/clarisse%20lispector/Clarice%20Lispector%20-%20Felicidade%20clandestina.doc

Durante as discussões, estimule que todos os comentários sejam exemplificados com o trecho do texto a que se referem, perguntando-lhes: “qual trecho causou-lhe essa impressão?” Enfim, provoque seu s alunos a comentarem o conto colocando em jogo seus conhecimentos prévios, fazendo antecipações a respeito dos fatos que ainda virão na segunda parte do texto e buscando indícios para validar suas interpretações.

Desafie-os, então, a criar um desfecho para a história antes de ouvirem a segunda parte do conto.

2ª. Etapa:

Produzindo textos colaborativamente...

Os alunos devem ser organizados em trios ou quartetos para produção de um texto colaborativamente. Peça que façam uma síntese das principais idéias e, em consenso, definam qual será o final da história. Devem então fazer um planejamento do enredo, listando os principais tópicos que irão compor o texto e guiarão a escrita. Lembre-os que devem garantir a coerência do discurso. A produção do texto será iniciada no horário de aula usando os computadores da escola e poderá ter continuidade fora dela.
“Felicidade clandestina”

Nesta crônica a narradora em primeira pessoa conta sua primeira experiência com um livro. Porém, este livro é de uma menina má que o oferece emprestado para a narradora, mas sempre inventa uma desculpa para não entregar o livro a ela. Até que a mãe da menina má descobre isso e entrega o livro para a narradora, que passa a saborear o livro como se fosse um amante. Esta crônica tem um cunho autobiográfico, como comprovou a própria irmã da escritora dizendo que se lembra da “menina má”.

O ponto central desse texto é o conceito de “felicidade”. Nele, a escritora parece se questionar “afinal, o que é felicidade?”. A menina presente na crônica parece conhecer bem o dito popular “felicidade é bom, mas dura pouco”, uma vez que ela se utiliza de todas as formas para prolongar seu sentimento de felicidade. Uma vez que ela ganhou permissão para ficar com o livro pelo tempo que desejasse, ela o deixa no quarto e finge esquecer que o possui, só para se redescobrir possuidora dele. Dessa forma, sua felicidade aparece como um sentimento “clandestino”, já que nem ela mesma pode se conscientizar de sua própria felicidade para que esse sentimento não acabe. Concluísse, portanto, que a felicidade deve ser descoberta a todos os momentos e nas coisas mais simples.


Referência Bibliográfica:
Portal do professor MEC

Exercício sobre Artigo de Divulgação Científica



CONTROLE DO APETITE
Drauzio Varella 

Até a segunda metade do século XX, a desnutrição foi nosso principal problema de saúde pública; hoje, é a obesidade. Cerca de 10% dos brasileiros adultos são obesos, e outros 30% estão acima do peso saudável. Portanto, cerca de 50 milhões de pessoas deveriam perder peso para evitar doenças como ataques cardíacos, derrames cerebrais, diabetes, reumatismos e alguns tipos de câncer.


Os sistemas biológicos que controlam a ingestão de alimentos são complexos e mal conhecidos. Durante os 5 milhões de anos da existência humana, a fome representou ameaça permanente à sobrevivência da espécie. Entre nossos antepassados, sobreviveram apenas aqueles capazes de estabelecer um equilíbrio rígido entre o número de calorias ingeridas e as necessidades energéticas do organismo.


Na evolução de nossa espécie, foram selecionados indivíduos cujos cérebros eram capazes de engendrar mecanismos biológicos altamente eficazes para evitar a perda de peso. Através deles, assim que o cérebro detecta diminuição dos depósitos de gordura, a energia que o corpo gasta para funcionar em repouso com a finalidade de exercer suas funções básicas (metabolismo basal) cai dramaticamente, ao mesmo tempo em que são enviados sinais irresistíveis para procurar e consumir alimentos.


Infelizmente, quando ocorre aumento de peso, os sinais opostos são quase imperceptíveis: não há grande aumento da energia gasta em repouso, a fome não diminui  significativamente, nem surge estímulo para aumentar a atividade física; pelo contrário, tendemos a nos tornar mais sedentários.


Além disso, por razões mal compreendidas, o corpo tende a defender o peso mais alto que já atingiu. Para tristeza da mulher e do homem moderno, o organismo protege as reservas de gordura mesmo quando estocadas em níveis muito elevados. A mais insignificante tentativa de reduzi-las é interpretada pelo cérebro como ameaça à integridade física.


Ação da insulina e da lepitina


Para controlar o peso a longo prazo, o organismo produz dois hormônios que permitem avaliar os níveis dos depósitos de gordura e ajustar o apetite e a energia que deve ser gasta em função deles: a insulina e a lepitina.


O papel da ação cerebral da insulina no controle do peso foi descrito há quase 30 anos. Esse hormônio produzido pelo pâncreas age numa área do cérebro rica em receptores dotados da propriedade de reconhecê-lo. Em ratos, quando esses receptores são inativados, os animais se tornam obesos, imediatamente. Em seres humanos, enquanto esses receptores estão ativos, o cérebro mantém sua sensibilidade aos efeitos da insulina, e o apetite diminui; quando os receptores se tornam resistentes à ação da insulina, o peso aumenta.


Em 1994, a equipe de Jeffrey Friedman, da Universidade Rockfeller, trabalhando com ratos mutantes extremamente obesos, descobriu a lepitina, o hormônio que abriu campo para o estudo dos mecanismos moleculares do controle de peso. Friedman descobriu que a lepitina era uma proteína antiobesidade produzida pelo tecido gorduroso, que, ao ser administrada a ratos com excesso de peso, provocava emagrecimento graças a dois mecanismos: redução do apetite e aumento da energia gasta em repouso (metabolismo basal).


Apesar de terem sido descritos casos de obesidade humana por defeitos na produção de lepitina – portanto, passíveis de serem tratados com esse hormônio -, por razões ainda pouco claras, a maioria das pessoas obesas apresentam níveis até mais altos de lepitina, mas são resistentes às suas ações. Hoje, admite-se que a queda dos níveis de lepitina provocada pela redução dos depósitos de gordura, ao ser detectada pelo cérebro, provoca aumento do apetite e retardo do metabolismo basal. Mas, quando os depósitos de gordura aumentam, levando à maior produção de lepitina, o mecanismo oposto não é significativo: a partir de certos níveis de lepitina na circulação, o cérebro se torna resistente a ela.


Ao lado desses hormônios que controlam o apetite e o metabolismo a longo prazo, o organismo produz outros hormônios para controlar o apetite no dia-a-dia. O primeiro descrito foi a colecistoquinina, proteína que o intestino libera na corrente sanguínea para estimular o centro da saciedade existente no cérebro e impedir a ingestão exagerada de calorias.

Há quatro anos, pesquisadores japoneses descobriram a grelina, um potente estimulador do apetite na rotina diária. A grelina é o hormônio responsável pela fome que ataca quando chega a hora do almoço. Pesquisas mostram que os níveis de grelina na circulação aumentam uma a duas horas antes das principais refeições do dia e que voluntários, ao receber injeções de grelina, experimentam aumento significativo do apetite.


Para contrabalançar as ações promotoras de apetite desencadeadas pela grelina produzida quando o estômago fica vazio, a chegada de alimentos ao intestino provoca a liberação de um hormônio chamado PYY. Injeções desse hormônio em camundongos e voluntários humanos causam diminuição do apetite.


Esses hormônios controladores do apetite e do metabolismo a curto ou longo prazo agem predominantemente numa região do hipotálamo conhecida como núcleo arqueado, o centro no qual reside o controle-mestre dos sistemas regulatórios. Para o núcleo arqueado convergem dois tipos de neurônios que exercem ações opostas: estimulação e inibição do apetite.


A fome que sentimos resulta de um equilíbrio ajustado entre esses circuitos antagônicos, construídos e selecionados por nossos antepassados remotos com a finalidade de resistir à falta permanente de alimentos, numa época em que as refeições eram alternadas com longos períodos de jejum forçado. O que representou sabedoria do cérebro para enfrentar a penúria deu origem ao flagelo da obesidade em tempos de fartura.

(http://drauziovarella.com.br/obesidade/controle-do-apetite/)




Exercícios:
1. O texto "Controle de apetite" aborda um tema de natureza científica que certamente interessa a um grande número de pessoas.
a) Qual é o tema do texto?
b) Que outros assuntos você supõe que costumam ser abordados em textos de divulgação científica como esse?

2. Textos como o que você leu são chamados de textos de divulgação científica. Indique, entre os itens que seguem, aquele que traduz melhor a finalidade desse tipo de texto.
a) Ensinar como se faz um relatório científico.
b) Convencer o interlocutor do ponto de vista defendido pelo autor.
c) Expor um conteúdo de natureza científica.
d) Relatar experiências pessoais.

3. A estrutura de um texto de divulgação científica não é rígida, pois depende do assunto e de outros fatores da situação de produção, como: quem produz o texto, para quem, com que finalidade, em que veículo, em que momento histórico, etc. Apesar disso, o autor geralmente apresenta no primeiro ou no segundo parágrafo a ideia principal (uma afirmação, um conceito), e desenvolve nos parágrafos seguintes, por meio de exemplos e comparações, resultados objetivos de experiência, dados estatísticos, relações de causa e efeito, etc. No texto "Controle do apetite".

a) Qual é a ideia principal que o autor desenvolve?
b) Por que, segundo o autor, a obesidade constitui hoje, no Brasil, um problema de saúde pública?

4. De acordo com o texto, as pesquisas relativas ao estudo dos sistemas biológicos de animais mostram que, hoje, nosso organismo tem mecanismos eficientes de controle da obesidade? Justifique sua resposta.

5. É comum o texto de divulgação científica fazer uso de uma linguagem que inclui termos e conceitos científicos básicos.
a) Identifique no texto "Controle de apetite" palavras ou expressões próprias da linguagem científica.
b) A que área científica pertence esses termos?

6. O texto foi publicado num jornal de grande circulação.
a) Levante hipóteses: Além do jornal, em que outros veículos o texto científico pode circular?
b) Tomando como base o texto lido, conclua: Qual é o perfil do leitor desse tipo de texto? Trata-se um cientista especialista no assunto abordado ou trata-se de um leitor comum, leigo?

7. Observe a linguagem do texto.
a) Que tempo e modo predominam entre as formas verbais utilizadas pelo autor?
b) Que variedade linguística foi empregada?
c) Considerando-se o assunto desenvolvido e o veículo em que o texto foi publicado, pode-se afirmar que esse nível de linguagem é adequado à situação? Por quê?

8. Quando produzimos um texto, podemos nos colocar nele de modo pessoal ou impessoal. No texto lido, predomina uma linguagem pessoal ou uma linguagem impessoal? Por quê?

9. Observa a conclusão do texto.
a) Em que parágrafo ela se situa?
b) A conclusão é coerente com a ideia principal do texto? Por quê?

10. Reúna-se com seus colegas e, juntos, respondam: Quais são as principais características do texto de divulgação científica?
(Cereja e Magalhães: Português: Linguagem)
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simulado oitavo ano



C. E. João Guimarães.  Data:__/__/__ turma: _____ Simulado de Produção Textual. Valor:__ Nota: ___
Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
A camada de ozônio, o escudo que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta, manteve-se estável na última década, conforme estudo elaborado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado nesta quinta-feira.
Meias antibióticas podem estimular emissões de gases-estufa
Buraco de ozônio retém frio na Antártida, mostra relatório
Por esta avaliação científica sobre a camada de ozônio feita neste ano --a primeira atualização em quatro anos sobre o assunto--, a aplicação do Protocolo de Montreal "impediu um esgotamento maior da camada de ozônio", e ao mesmo tempo "apresentou valiosos benefícios secundários ao mitigar a mudança climática".
O protocolo, que regula o uso do CFC (clorofluorcarboneto), foi aprovado em 1987 por cerca de 200 países.
Os analistas preveem que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio se recupere antes de meados deste século, alcançando os níveis registrados antes de 1980.
Na Antártida, porém, onde o buraco na camada de ozônio é grande, a recuperação será mais demorada e deve ocorrer somente no fim do século 21.
"Na última década, o ozônio em nível global e nas regiões do Ártico e da Antártida não estão mais diminuindo, mas também não estão aumentando", salienta o estudo.
(Fonte: Folha de São Paulo, 16/09/2010)

Responda às questões a seguir de acordo com seu aprendizado.

1. O texto "
Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos” aborda um tema de natureza científica que certamente interessa a um grande número de pessoas.
1.1-  Qual é o tema do texto?
_________________________________________
Observação:
Um tema de investigação, por fim, é a questão que suscita o interesse e a atenção dos científicos e que os leva a realizar um trabalho de campo.
2. Textos como o que você leu são chamados de textos de divulgação científica. Indique, entre os itens que seguem, aquele que traduz melhor a finalidade desse tipo de texto.
a) Ensinar como se faz um relatório científico.
b) Convencer o interlocutor do ponto de vista defendido pelo autor.
c) Expor um conteúdo de natureza científica.
d) Relatar experiências pessoais.

3. A estrutura de um texto de divulgação científica não é rígida, pois depende do assunto e de outros fatores da situação de produção, como: quem produz o texto, para quem, com que finalidade, em que veículo, em que momento histórico, etc. Apesar disso, o autor geralmente apresenta no primeiro ou no segundo parágrafo a ideia principal (uma afirmação, um conceito), e desenvolve nos parágrafos seguintes, por meio de exemplos e comparações, resultados objetivos de experiência, dados estatísticos, relações de causa e efeito, etc. No texto “
Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos”

3.1- Qual é a ideia principal que o autor desenvolve?
___________________________________________________________________________________________________________________________

4- . Quando produzimos um texto, podemos nos colocar nele de modo pessoal ou impessoal. No texto lido, predomina uma que tipo de linguagem?
 (  ) pessoal      (   ) impessoal


5- Marque a afirmativa correta em relação ao texto lido.

(A) A camada de ozônio na região do ártico e da Antártida estão aumentando e isso preocupa muito a OMM.
(B)  A camada de ozônio não está diminuindo, porém não estão aumentando.
(C)  A camada de ozônio estão diminuindo gradativamente.
O nível global da camada de ozônio estão totalmente controlado, evitando assim uma catástrofe mundial.