Colégio
Estadual João Guimarães
Professora: Elane de Azevedo Campos.
Aluno (a): ____________________
Turma:
______ Data: __/__/__
Língua
Portuguesa/ Literatura
(SAERO).
Leia o texto abaixo e responda.
Feijões
ou problemas?
Reza
a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor.
Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos,
mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio,
para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão,
que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma
grande montanha.
Dia
e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou
a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já
sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir
de vista.
Prova
encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio.
Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia
conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos:
–
Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei.
Carregando
feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida.
Problemas
são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina.
Disponível
em: . Acesso em: 13 mar. 2011.
Nesse
texto, o discípulo que venceu a prova
A)
colocou o feijão em um sapato.
B) cozinhou o feijão.
C)
desceu a montanha correndo.
D)
sumiu da vista do oponente.
E)
tirou seu sapato.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Nunca
é tarde, sempre é tarde
Conseguiu
aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado
sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária.
Sou
uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho,
nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo
é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que
não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na
direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida
pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma
bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você
acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada
ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair,
avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele
exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente.
Algum
dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o
tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia
levantado.
Raios.
Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr.
[...]
FIORANI,
Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros
contemporâneos. São Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento.
A
personagem se assustou devido
A)
à percepção de que sequer havia levantado.
B)
à possibilidade de ficar muito doente.
C)
à reclamação da mãe.
D)
ao atraso para o trabalho.
E) ao toque da
campainha.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
O
torcedor
No
jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque
fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o
Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem
carro, e ele previa que a volta seria problema.
O
Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os
clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em
busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais
ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram
bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a
capacidade de grito para depois da vitória.
Eváglio
sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola
era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar
a ser gente a caminho de casa.
Lembrando-se
de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu
íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura
que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o
canto?
Eram
braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e
transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando
cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre
Flamengo.
O
pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a
festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou.
Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente!
Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem
compromisso clubista.
ANDRADE,
Carlos Drummond de. Disponível em:
html>.
Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.
De
acordo com esse texto, Eváglio torceu contra o Flamengo, porque
A)
achava os flamenguistas perturbadores.
B)
detestava os clubes de futebol.
C)
era torcedor do Atlético Mineiro.
D)
estava na casa de um amigo mineiro.
E)
receava o carnaval nas ruas.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Em
harmonia com a natureza
Todas
as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa
do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e
palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros
alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como
biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na
sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas.
Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e
professores com o intuito de promover a sustentabilidade.
Sustentabilidade
significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por
trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além
da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e
Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há
dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana.
Atualmente,
há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de
residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre
conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro
que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em
trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”,
explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.”
Disponível
em:
01T00:00:00-03:00&max-results=50>.
Acesso em: 20 abr. 2012.
De
acordo com esse texto, Laila estuda em uma escola a distância porque
A) é filha de pai brasileiro e mãe
australiana.
B) expande seus horizontes nos
ecocentros.
C) mora a três quilômetros de
Pirenópolis.
D) precisa promover a sustentabilidade
nas escolas.
E) viaja ao redor do mundo acompanhando
os pais.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Descoberta
novas espécies de hominídeos que conviveram com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de
anos
Três
fósseis encontrados na África desvendam um mistério de quarenta anos e permite aos
especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis
descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que
duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões
de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie
que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O
estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns
dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com
dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta,
também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do
lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95
milhões de anos atrás.
A
descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça
que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só
1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele
tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que
tornava difícil compará-lo com outras espécies.
Por
não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas.
Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única
espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os
novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências
comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo
diferente de Homo.
O
fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia
desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.
Foi
chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento
de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos,
o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.
Disponível
em: .
Acesso
em: 14 ago. 2012.
De
acordo com esse texto, era difícil comparar o fóssil descoberto em 1972 com o
de outras espécies, porque
A)
a arcada dentária era desconhecida.
B)
as análises eram inconclusivas.
C)
era algo totalmente novo.
D)
era uma dismorfia da espécie.
E)
o tamanho do rosto era maior.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Sopão
nas ruas
Doar
comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância Sanitária não permite a distribuição
de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer
isso, ainda que de maneira voluntária.
Também
precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas
com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos
e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que
circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira
respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que
existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil
pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas,
comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e
familiar desses cidadãos mais vulneráveis.
O
polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes
acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação
de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet
usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar
para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de
equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica
Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro,
na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas
aos moradores de ruas.
Por
que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em
parceria?
Floriano
Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Disponível
em: .
Acesso em: 4 mar. 2012.
De
acordo com esse texto, a doação de comida nas ruas é ilegal porque
A) contribui para a proliferação de
ratos nas ruas.
B) é necessário ter um laudo da
Vigilância Sanitária.
C) gera reclamações de comerciantes e
moradores.
D) incentiva as pessoas a continuarem
morando nas ruas.
E) prejudica as ONGs
que servem alimentos adequados.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Estudo
simulará aquecimento amazônico e suas consequências
Para
descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global,
cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente
o ambiente aquático amazônico num clima mais quente.
A
ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da
ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica.
O
projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no
mundo.
“Muitos
pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem
da vida aquática”, afirma o biólogo.
No
caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte
delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre
a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios
(elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o
ambiente aquático aumenta.
Além
disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução
de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento
global.
Mais expostos à luz solar, os peixes correm
mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua
saúde. [...].
A
hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão
no
DNA
dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando
o clima era mais quente.
Val
também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a
migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes
tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram
outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada
por alimentos.
RIGUETTI,
Sabine. Disponível em:
shtml>.
Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.
De
acordo com Adalberto Val, a tendência à migração de peixes para outros
ambientes ocorre por causa
A) da disputa acirrada por alimentos.
B) da grande quantidade de espécies.
C) da redução de oxigênio na água.
D) de condições adversas do clima.
E) de mutações genéticas sofridas.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Vivendo
e aprendendo
A
manutenção da atividade mental no processo de envelhecimento é tão importante que
um dos 10 Mandamentos da Aposentadoria Feliz é “Seja um eterno aprendiz: língua
estrangeira, instrumento musical, pintura, etc”.
Quando
nascemos temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios, mas muitos morrem ao
longo da vida. Um dos fatores que acelera a morte das células nervosas é a falta
de uso. Para continuar vivo, o neurônio precisa ser estimulado, o que acontece
quando aprendemos coisas novas. [...]
Outro
Mandamento da Aposentadoria Feliz é “Curta a natureza e conheça novos lugares, começando
pelos mais próximos”. O contato com o meio ambiente natural e com a área rural
tem um efeito positivo na saúde mental. [...]
Aliar
educação, cultura e preservação ambiental com turismo é essencial à qualidade
de
vida,
em todas as idades.
COSTA,
José Luiz Riani. Disponível em: <
http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaboradores/94439-Vivendo-e-aprendendopor-
Jose-Luiz-Riani-Costa>.
Acesso em: 8 out. 2012. (P110044E4_SUP)
De
acordo com esse texto, as células nervosas morrem mais rapidamente quando
A)
aprendemos coisas novas.
B)
entram em contato com o ambiente.
C)
inicia o processo de envelhecimento.
D)
precisam ser estimuladas.
E) são pouco usadas.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A
importância da leitura como identidade social
[...]
Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas
daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos
livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se
que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto
de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram
mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os
leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos
afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que
dialogará com os textos?
Muitos
livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de
leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando
ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o
domínio da língua é a base para a leitura.
Assim,
cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor
ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade
social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade
que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com
as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição
da identidade, como também tornará esse processo contínuo.
Para
tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo,
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até
chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis
ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre
gêneros e autores também é uma estratégia válida.
A
família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar
filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a
leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa
questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso
cotidiano discussões sobre os livros que lemos?
KOCH,
Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em:
artigo235676-1.asp>.
Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.
De
acordo com esse texto, uma das características do leitor ideal é
A)
conhecer as obras acadêmicas.
B)
dialogar com todos os tipos de texto.
C)
dominar o objeto da leitura, a língua.
D)
enxergar o texto com um fim em si mesmo.
E)
visitar a Bienal do Livro em
São Paulo.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Texto
Entregue
elevador da prefeitura
O
prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para
PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi
culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer
o piso superior do prédio público. [...]
O
novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine
tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura
central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha
sintética e botões em braile.
“Estamos
realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente
para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores
públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos
cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar,
tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.
“Ter
um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os defi cientes físicos,
e sim para todos que têm difi culdades de locomoção. Só nós sabemos as difi
culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo
normal, não sabem a difi culdade que as barreiras arquitetônicas nos impõem.
Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”,
disse o presidente da APNEN
(Associação
dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]
Disponível
em: . Acesso em:
16 mar. 2012. Fragmento.
De
acordo com o Texto, o elevador inaugurado representa uma conquista para
A)
o prefeito de Nova Odessa.
B)
o presidente da APNEN.
C)
os moradores da cidade.
D)
os que têm dificuldades de locomoção.
E)
os servidores públicos municipais.
------------------------------------------------------------
(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
A
melhor amiga do homem
Diogo
Schelp
Devemos
muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a
parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e
para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado
existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O
truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás,
vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano,
subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em
jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de
seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual
Paulista em Araçatuba. [...]
A
vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano
Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina,
escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados
Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do
Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies
americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que
a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
humanidade deixará de ser onívora.
Revista
Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
De
acordo com o autor desse texto,
A) a agricultura é mais preciosa do
que a pecuária.
B) a dependência entre o
homem e a vaca é real.
C) a importância econômica da vaca é
unanimidade.
D) o ser humano gosta de comer um bom
bife.
E) os EUA hoje possuem o maior rebanho
bovino.
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(PAEBES). Leia o texto abaixo.
As
cocadas
Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina
prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo.
Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha
areado o tacho de cobre e ralado o coco.
Acompanhei rente à fornalha todo o serviço,
desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e
estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada
morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era
gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas
cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou
no alto da prateleira.
Duas cocadas só... Eu esperava quatro e
comeria de uma assentada oito, dez mesmo.
Dias seguidos namorei aquela terrina,
inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam
pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas
quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina.
Batia os ovos, segurava a gamela, untava as
formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no
pesado almofariz de bronze.
Estávamos nessa lida e minha prima precisou de
uma vasilha para bater um pão-de-ló.
Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a
terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e
só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da
varanda e despejou de uma vez a terrina.
As cocadas moreninhas, de ponto brando,
atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo
guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem
cinzenta, macia e aveludada de bolor.
Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador...
Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso,
nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber,
assim de lado, com o maior pouco caso.
Eu olhando com uma vontade louca de avançar
nas cocadas.
Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro
de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta,
malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas
bolorentas com o cachorro.
CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa
Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6.
De acordo com esse texto, a menina
A)
botou a terrina em cima da mesa.
B)
chamou o cachorro para comer as cocadas.
C)
cortou a cocada em losangos.
D)
estendeu o papel sujo no chão e despejou a terrina.
E) ficou sem coragem para enfrentar os adultos.
------------------------------------------------------------
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Quadrilha
João
amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava
Lili que não amava ninguém.
João
foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de
desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes que não tinha entrado na história.
ANDRADE,
Carlos Drummond de. Disponível em:
De
acordo com esse texto, a personagem Lili
A)
casou-se com Joaquim.
B) casou-se com J. Pinto.
C)
foi para o convento.
D)
morreu de desastre.
E) suicidou-se de
tristeza.
------------------------------------------------------------
Leia
o texto abaixo.
Qual
foi a primeira escola?
Foram
as escolas fundadas na Europa no século 12. Isso se considerarmos o modelo de
escola que temos hoje, com professor e crianças como alunos. Na Grécia antiga,
as crianças eram educadas, mas de modo informal, sem divisão em séries nem
salas de aula. Já na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos
membros da Igreja e a poucos nobres adultos.
A
palavra “escola” vem do grego scholé, que significava, acredite se
quiser, “lugar do ócio”.
Isso
porque as pessoas iam à escola em seu tempo livre para refletir. Vários centros
de ensino pipocaram pela Grécia, por iniciativa de diferentes filósofos. As
escolas geralmente eram levadas adiante pelos discípulos do filósofo-fundador e
cada uma valorizava uma área de conhecimento.
A
escola de Isócrates, um exímio orador, por exemplo, era muito forte no exame da
eloquência, que é a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemáticas,
que contemplam as disciplinas básicas que temos hoje, como matemática, ciências
e geografia, só surgiram entre os séculos 19 e 20.
FUJOTA,
Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
De
acordo com esse texto, a escola de Isócrates era excelente no ensino de
A)
Ciências.
B)
Geografia.
C)
História.
D)
Matemática.
E) Oratória.
------------------------------------------------------------
Leia o texto abaixo.
RONDÓ DO CAPITÃO
BÃO BALALÃO,
Senhor capitão,
Tirai este peso
Do meu coração.
Não é de tristeza,
Não é de aflição:
É só de esperança,
Senhor capitão!
A leve esperança,
A aérea esperança ...
Aérea, pois não!
– Peso mais pesado
Não existe não.
Ah, livrai-me dele,
Senhor capitão!
BANDEIRA, Manuel.
Leia novamente o terceiro verso. O peso que
deverá ser tirado é
A) a alegria.
B) a aflição.
C) a tristeza.
D) a esperança.
E) a saudade.
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Leia o texto abaixo.
Fórmula do sorriso
Mais
importante que o sabor do creme dental é o seu agente terapêutico, a fórmula
química que serve para controlar as bactérias que provocam as cáries. Segundo a
professora Lenise Velmovitsky, da Universidade Federal Fluminense, que analisou
25 tipos de pasta de dentes em sua tese de doutourado, a substância mais eficaz
na escovação é o tricloson, um antimicrobiano presente nas pastas de ação total
ou global. O flúor recalcifica os dentes e também combate as cáries. O
bicarbonato de sódio é um abrasivo e remove manchas, mas em excesso desgasta os
dentes. A dentista recomenda o uso de escovas macias e uma quantidade de pasta
equivalente ao tamanho de uma ervilha, pelo menos três vezes ao dia. Além de
fio dental.
Veja. 10 abr. 2002.
Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de
bicarbonato de sódio por causa
A) das bactérias das cáries.
B) das remoções das manchas.
C) do controle das bactérias.
D) do desgaste dos dentes.
E) do sabor do creme dental.
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(SIMAVE). Leia o texto abaixo e responda.
A reunião se estendeu pela tarde inteira.
Amontoados no quarto de Cris, os meninos não chegavam a um acordo sobre quem
faria o quê na peça. Foi preciso muita conversa (e até alguns beliscões) para
que a maioria se conformasse com a distribuição dos papéis. Júnior era o mais
forte do grupo e por isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique
caberia a tarefa de mover os ossos do braço, fazendo os gestos necessários para
acompanhar a fala de Valfrido. E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante
toda a manhã.
Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram
a permanecer na retaguarda, de olho na casa do Bola e nas esquinas da rua,
prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto.
– E eu? E eu? – Cisco perguntou, após assoar
ferozmente o nariz. – Dão tem babel bra bim?
KLEIN, Sérgio. Tremendo de Coragem. São Paulo:
Fundamento Educacional, 2001. p. 57.
A frase “Dão tem babel bra bim?” permite
afirmar que
A) Cisco está resfriado.
B) Biel está rouco.
C) Bola apareceu.
D) Valfrido falou.
E) Júnior é forte.
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(PROEB). Leia o texto abaixo.
É
o boi
Senti que o texto “Como um boi vira bife”
(Supernovas, junho, pág.44), camuflado por “figurinhas” e por uma descrição
quase infantil das etapas do abate do gado, subestimou a minha inteligência.
Será que é realmente razoável obrigar que uma fêmea fique prenhe em todo cio?
Será mesmo compensador ser colocado em confinamento por 3 meses “mas ter ração
da melhor qualidade”? Creio que nenhum animal trocaria um pasto verde e farto por
uma baia cheia de seja-lá-o-que-for!
CAROLINA DI BIASI, SÃO PAULO, SP
No Texto, a expressão seja-lá-o-que-for sugere que o conteúdo da baia é
A) apropriado.
B) caríssimo.
C) indiferente.
D) insubstituível.
E) valorizadíssimo.
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(SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.
Quando
o mar não está para peixe
Por
que o mar fica agitado e pode causar estragos nesta época do ano?
Quem mora em cidade com praia já deve ter
notado: quando chega o inverno, o mar costuma ficar mais bravo e com ondas
enormes! Isso acontece porque é justamente nessa época do ano que se
intensificam os ventos causadores das “ressacas”, nome que se costuma dar a
esse movimento rápido e violento das ondas do mar.
Quanto mais velozes forem esses ventos,
maiores serão as ondas, e mais forte será a ressaca. “No inverno, a frequência
e os riscos de ressacas são maiores. Isso porque há um maior encontro das
massas de ar quente com as massas de ar frio, gerando diferenças de pressão
atmosférica que originam os ventos formadores das ressacas.”, explica o
oceanógrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Outro fator que pode aumentar a força das
ressacas são as marés. “O impacto das ondas e ressacas depende das marés, pois
elas elevam o nível do mar e, portanto, permitem que as ondas cheguem a regiões
do litoral que antes não eram alcançadas.”, diz David.
Mas não só isso influencia a ocorrência das
ressacas do mar. As alterações climáticas que nosso planeta tem sofrido nas
últimas décadas também têm intensificado este fenômeno!
“Devido ao efeito estufa, acontece um maior
acúmulo de energia do Sol na atmosfera, energia esta que é transferida ao mar
sob a forma de ondas”, explica o oceanógrafo.
E essas ressacas são perigosas! Elas podem
causar naufrágios, afogamentos e até mesmo derrubar construções que estejam
próximas da costa. Inclusive animais e plantas podem ser afetados pela força
das ondas. “As ressacas podem provocar o colapso de organismos que se fixam em
costões rochosos e vegetação costeira como manguezais, restingas, etc. Peixes e
mamíferos tendem a fugir e se abrigar.”, diz David Zee.
Agora você já sabe: as ressacas podem ser
muito bonitas de assistir, mas nada de ficar muito perto do mar quando ele
estiver agitado!
TURINO, Fernanda. Disponível em: .Acesso
em: 01 jul. 2011.
De acordo com as informações desse texto, o termo “ressaca”
é usado para nomear o fenômeno
A) da influência das marés na elevação das ondas do mar.
B) das alterações climáticas ocorridas em nosso
planeta.
C) do encontro das massas
de ar quente como as de ar frio.
D) do maior acúmulo de energia do Sol na
atmosfera.
E) do
movimento rápido e violento das ondas do mar.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Muitas
leituras
Publicado
pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro é uma das grandes obras de
Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia
sobre toda a sociedade brasileira. [...]
O
romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e é interessante ver como a
recepção ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado, era
visto como o relato inquestionável de uma situação de adultério, do ponto de
vista do marido traído. Depois dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos
da mulher assumiram importância maior em todo o mundo, surgiram interpretações
que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão
de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situação
imaginária de traição. [...]
O
romance é a história de um homem de posses que ama uma moça pobre e esperta e
se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memórias para
compreender Capitu, até a metade do livro, é quem dá as cartas na relação.
Trata-se de uma garota humilde, mas avançada e independente, muito diferente da
mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do século XIX. [...]
Percebe-se, por isso, o peso do possível adultério em suas costas.
Não
se trata apenas de uma questão conjugal entre iguais, mas de uma condenação de
classe. Bentinho utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é
ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da
maneira que melhor lhe convém. [...]
Nesse
sentido, a questão central do livro não é o adultério, e sim como Machado
introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma
inovadora, a questão da mulher.
Dom
Casmurro coloca
no centro de sua temática a menina que não se deixa comandar e, em virtude
disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador.
Disponível
em:
.
Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento.
De
acordo com esse texto, Bentinho pode manipular os acontecimentos porque
A)
é o narrador da história.
B)
é um homem rico.
C)
pertencia a sociedade patriarcal.
D)
quer acusar sua esposa de adultério.
E) tem um ciúme
doentio pela esposa.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Grande
sertão: Veredas
Até
que, um dia, eu estava repousando, no claro estar, em rede de algodão rendada.
Alegria me espertou, um pressentimento. Quando eu olhei, vinha vindo uma moça.
Otacília.
Meu
coração rebateu, estava dizendo que o velho era sempre novo. Afirmo ao senhor,
minha Otacília ainda se orçava mais linda, me saudou com o salvável carinho,
adianto de amor. Ela tinha vindo com a mãe. E a mãe dela, os parentes, todos se
praziam, me davam Otacília, como minha pretendida.
Mas
eu disse tudo. Declarei muito verdadeiro e grande o amor que eu tinha a ela;
mas que, por destino anterior, outro amor, necessário também, fazia pouco eu
tinha perdido. O que confessei. E eu, para nojo e emenda, carecia de uns
tempos. Otacília me entendeu, aprovou o que eu quisesse. Uns dias ela ainda
passou lá, me pagando companhia, formosamente.
Ela
tinha certeza de que eu ia retornar à Santa Catarina, renovar; e trajar terno
de sarjão,
flor
no peito, sendo o da festa de casamento. Eu fui, com o coração feliz, por
Otacília eu estava apaixonado. Conforme me casei, não podia ter feito coisa
melhor, como até hoje ela é minha muito companheira – o senhor conhece, o
senhor sabe. [...]
ROSA,
João Guimarães. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro. José Olympio,
1978. Fragmento.
De
acordo com esse texto, o narrador disse à Otacília que precisava de um tempo
porque
A)
todos achavam que ela era sua pretendida.
B)
queria declarar que seu amor era verdadeiro.
C)
precisava retornar à Santa Catarina.
D)
havia perdido um outro amor recentemente.
E)
ela queria ter uma festa de casamento.
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(SAEPE). Leia os
textos abaixo e responda.
Wall-E
É
sempre bom assistir a filmes da era do cinema mudo. Um cinema mais simples,
mais expressivo, que contava sua história basicamente através de emoções, sem
as pirotecnias atuais e com muita criatividade. [...] E é justamente este
sentimento que Wall-E, a ousada nova produção da Pixar, traz de volta.
[...] Ao longo dos anos o estúdio sempre se mostrou um passo à frente dos
demais. Não apenas investiu na melhoria técnica da animação, mas também no
roteiro de cada um de seus projetos. E este é seu grande diferencial: ao invés de
explorar ao extremo uma mesma fórmula, a Pixar busca criar. Tudo começa a
partir de uma Terra inóspita e entulhada de lixo, uma visão que já de início
surpreende. Nele vive o pequeno robô Wall-E, que tem por missão compactar o
lixo existente. Tendo apenas a companhia de uma barata – uma ótima aposta corajosa
da Pixar. [...] Como se pode perceber, a vida de Wall-E é solitária. Até surgir
Eva, um moderno robô que passa a vasculhar todo o planeta. Sempre curioso,
Wall-E tenta conhecê-la. E se apaixona. Uma situação insólita por serem dois
robôs os envolvidos, mas ao mesmo tempo terna e cativante. O sentimento deles
não é apresentado por palavras, mas por emoções [...] A excelência da animação
e os precisos movimentos de Wall-E e Eva, cuidadosamente e carinhosamente
calculados, dão o tom. E nasce uma história de amor, das mais puras e singelas
que o cinema produziu nos últimos anos. Resumindo, mais uma pérola da Pixar.
RUSSO,
Francisco. Disponível em:
. Acesso em: 31 nov.
2011. Fragmento.
Segundo
o Texto , a Pixar está à frente dos demais, porque
A)
busca novas fórmulas.
B)
conta histórias com emoção.
C)
cria histórias singelas.
D)
fez um filme mudo.
E)
produz filmes sem pirotecnia.
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11 comentários:
Não tem todas as respostas
Fodeu
Muito bom kkk
Muito bom kkk
tem como fornecer todas as respostas
filho da mae, e as respostas
Ir bom encontrar você por aqui!
Uma bosta nao tem todas as resposta
Boa tarde!
Gente, como explicar que a alternativa A da 1 questão está errada. Concordo que seja a letra C, mas não estou encontrando um jeito de explicar porque não é letra A.
Também preciso.
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