terça-feira, 3 de setembro de 2013

Exercicios de Figuras de Linguagem e Tipos de Rimas



Colégio Estadual João Guimarães.
Professora: Elane de Azevedo Campos. Aluno (a): ____________________________________ Língua Portuguesa e Literatura
As rimas podem ser classificadas em pobres, ricas e raras.
Por meio do texto “Recursos da linguagem poética” pudemos conhecer alguns dos elementos que norteiam o texto poético. Partindo dos pressupostos nele elencados, tivemos a chance de compreender que a rima desempenha fator preponderante no tocante à musicalidade, à composição melódica da mensagem, conferindo-lhe um ritmo indispensável.

Nesse sentido, ocupemo-nos agora em estabelecer uma afinidade maior com as rimas. Dependendo da escolha das palavras, as rimas podem se apresentar sob diferentes aspectos – fato que as classifica como pobres, ricas e raras (ou preciosas). Assim, vejamos:

Rimas pobres

Consideram-se assim em virtude da escolha de palavras pertencentes à mesma classe gramatical, como é o caso da poesia contida na própria imagem do texto, sob a autoria de Vinícius de Moraes, cujos fragmentos assim se apresentam:
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
[...]


Inferimos que os vocábulos “pranto/espanto” e “bruma/espuma” pertencem à classe dos substantivos.

Rimas ricas

Caracterizam-se como tal pelo fato de que a escolha das palavras se dá de forma variada, ou seja, os vocábulos que se fazem presentes pertencem a classes gramaticais distintas, como numa das criações de Olavo Bilac, intitulada A um poeta:
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Notamos que, bem ao estilo parnasiano, Bilac demonstra seu hábil manejo em combinar “rua/sua” = substantivo com pronome; “construa/nua” = verbo com adjetivo; “emprego/grego” = substantivo e adjetivo.

Rimas raras ou preciosas

As rimas raras são aquelas cujas palavras se constituem de terminações incomuns, não muito convencionais. Exemplo de tal ocorrência se manifesta numa das criações de Raul de Leoni, intitulada “Argila”:
[...]

É tanta a glória que nos encaminha
Em nosso amor de seleção, profundo,
Que (ouço ao longe o oráculo de Elêusis)
Se um dia eu fosse teu e fosses minha,
O nosso amor conceberia um mundo
E do teu ventre nasceriam deuses...

Constatamos a semelhança de sonoridade entre “Elêusis / deuses”.
1.       Podemos classificar as rimas de um poema em três tipos: (1,25)
- rima pobre: ocorre quando rimam palavras da mesma classe gramatical. (Ex.substantivo com substantivo)
- rima rica: ocorre quando rimam palavras de classe gramatical diferente. (Ex.substantivo com adjetivo)
- rima rara ou preciosa: ocorre quando rimam uma palavra e uma combinação de palavra, como estrela e vê-la .
Copie do texto “Rio Abaixo” um exemplo de:
a.Rima rica: .............................................................................................................................................................
b. Rima pobre: ....................................................................................................................................

 
2.      O poema a seguir trata do sentimento de amizade.

Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa
presença
olhar
lembrança
calor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
                        LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. p.86.
INTERPRETAÇÃO

1.Quantas estrofes e quantos versos tem o poema? __________________________________
2. O poema tem rimas finais? Tem rimas internas? __________________________________
3. A “presença” dos amigos que fica nas mãos do poeta marca – se por duas sensações: uma física e uma psicológica. Identifique – as.
__________________________________________________________________________
3.      É possível afirmar que os traços dessa presença são tão fortes que o poeta não consegue separá-los. Que recurso ele teve de empregar para expressar esse fato?
________________________________________________________________________
4.      Na última estrofe, o poeta omite intencionalmente uma palavra que já ocorreu no texto. Qual palavra?
__________________________________________________________________________
6. A palavra mão tem muitos significados em português. Atribua a ela um significado adequado em cada frase:
a) Tinha ótima mão para cerâmica.
b) O poder passou às mãos da oposição.
c) Cuidado! Esta rua não dá mão à esquerda!
d) Acho que esta sua redação tem mão de seu pai…

IGURAS DE LINGUAGEM
São recursos usados pelo falante para realçar a sua mensagem.
1) ELIPSEZEUGMA
Veja os exemplos:
1-Na estante, livros e mais livros.
2-Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.
No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma.
A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado.
No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido.
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente.
“Ele prefere um passeio pela praia;eu, (prefiro) cinema.”(Não houve necessidade de repetir o verbo, pois entendemos o recado).
Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção.
Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo.
Pleonasmo é a repetição de idéias
Exemplos:
Correm pelo parque as crianças da rua.
Na escada subiu o pintor.
As duas orações estão na ordem inversa.
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração.
Na ordem direta ficaria:
As crianças da rua correm pelo parque.
O pintor subiu na escada.
É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase.
Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais.
Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a
natureza.
É a concordância com a idéia e não com a palavra dita.
Pode ser: de gênero, número ou pessoa.
SILEPSE DE GÊNERO (masc./fem.)Vossa Excelência está admirado do fato?
O pronome de tratamento “Vossa Execelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem).
Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero.
SILEPSE DE NÚMERO (singular/plural)
Aquela multidão gritavam diante do ídolo.
Multidão está no singular, mas o verbo está no plural.
“Gritavam” concorda com a idéia de plural que está em “multidão”.
Mais exemplos.
A maior parte fizeram a prova.
A grande maioria estudam uma língua.
SILEPSE DE PESSOA
Todos estávamos nervosos.
Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós).
Temos aqui 2 pessoas ( eles e nós ) logo, silepse de pessoa.
Mais exemplos:
As duas comemos muita pizza.(elas – nós)
Todos compramos chocolates e balas.(eles – nós)
Os brasileiros sois um povo solidário. (eles – vós)
Os cariocas somos muito solidários.(eles – nós)
6) METÁFORA – COMPARAÇÃO
1-Aquele homem é um leão.
Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão.
2-A vida vem em ondas como o mar.
Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como.
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação.
Exemplos de matáfora.
Ele é um anjo.
Ela uma flor.
Exemplos de comparação.
A chuva cai como lágrimas.
A mocidade é como uma flor.
Metáfora: sem o conectivo comparativo.
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como)
Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva.
Ele gosta de ler Agatha Christie.
Ele comeu uma caixa de chocolate.
(Ele comeu o que estava dentro da caixa)
A velhice deve ser respeitada.
Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”)
Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”)
8) PERÍFRASE – ANTONOMÁSIA
A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval.
O Rei das Selvas está bravo.
A Dama do Suspense escreveu livros ótimos.
O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema.
Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar.
Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro
Rei das Selvas: Leão
A Dama do Suspense: Agatha Christie
O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock
Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia.
Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais.
Antonomásia, quando forem pessoas
A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido.
Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
Vou colocar um fio de azeite na sopa.
Emprego de termos com sentidos opostos.
Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente.
A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz.
Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro.
Acho que não fui feliz nos exames.
O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado.
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve.
O mesmo ocorre co o exemplo 2 , “reprovado “ também foi substituído por uma expressão mais leve.
12) IRONIA
Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.)
Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor!
Que bolsa barata, custou só mil reais!
É o exagero na afirmação.
Já lhe disse isso um milhão de vezes.
Quando o filme começou, voei para casa.
Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!”

Cesgranrio – Leia os versos abaixo e responda:
1 – Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos”.
2 – “Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço”.
1) A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:
a) prosopopéia – aliteração.
b) metáfora – gradação.
c) hipérbole – antítese.
d) aliteração – personificação.
e) metonímia – assíndeto.
2) Fei – Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo
b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma
3) Fei – Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:
I. “Está provado, quem espera nunca alcança”.
II. “Onde queres o lobo sou o irmão”.
III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença contagiosa muito falada atualmente.
IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular.
a) ironia – antítese – eufemismo – hipérbole
b) eufemismo – ironia – hipérbole – antítese
c) antítese – hipérbole – ironia – eufemismo
d) hipérbole – eufemismo – antítese – ironia
e) ironia – hipérbole – eufemismo – antítese
PUC – Leia o poema abaixo e responda:
Ardor em firme coração nascido;
Pranto por belos olhos derramado;
Incêndio em mares de águas disfarçado;
Rio de neve em fogo convertido:
Tu, que em um peito abrasas escondido;
Tu, que em um rosto corres desatado;
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal em chamas derretido.
Se és fogo como passas bradamente,
Se és neve, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
Pois para temperar a tirania,
Como quis que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu parecesse a chama fria.
4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é
a) o eufemismo.
b) o anacoluto.
c) o pleonasmo.
d) a elipse.
e) a anáfora.
5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nas seguintes frases:
a) Esses livros, eu já os comprei.
b) O cheiro doce e verde do capim traziam recordações da fazenda. 
c) O vento varreu o vale. 
d) Ouviu-se um estalo seco. 
e) Ela chorou um choro de alegria. 

6) Identifique as figuras de linguagem que ocorrem nas frases a seguir:
a) “O mito é o nada que é tudo…”
b) Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela. 
c) O povo estourava de rir. 

7) Identifique as figuras de linguagem marcando:
(1) Metáfora
(2) Metonímia
(3) Catacrese
(4) Comparação
(5) Prosopopéia
a) Gosto de ouvir Titãs.
b)A doçura do teu olhar é minha vida.
c) O rio engasgou num barraco.
d) Usarei no tempero um dente de alho.
e) Você é venenosa como uma cobra.
ITA – Leia o trecho abaixo e responda:
É terminantemente proibido animais circulando nas áreas comuns a todos, principalmente para fazerem suas necessidades fisiológicas no jardim do condomínio, onde pode por em risco a saúde das crianças que alí brincam descalças.
            (Extraído de um RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS da administração de um prédio.)
8) Assinale a opção que apresenta as figuras de linguagem presentes no texto:
a) Pleonasmo e eufemismo.
b) Metonímia e eufemismo.
c) Pleonasmo e polissíndeto.
d) Pleonasmo e metonímia.
e) Eufemismo e polissíndeto.
PUC – Leia o trecho abaixo e responda:
MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
9) No 1°  verso do poema, há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. Assinale a alternativa que designe adequadamente as figuras de linguagem que expressam esses conceitos.
a) Metáfora e prosopopéia.
b) Metonímia e apóstrofe.
c) Apóstrofe e prosopopéia.
d) Redundância e metáfora.
e) Redundância e prosopopéia.
Considere os seguintes trechos de “A Hora da Estrela”:
Embora a moça anônima da história seja tão antiga que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim.
Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.
10) Neles predominam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:
a) inversão e hipérbole.
b) pleonasmo e oxímoro.
c) metáfora e antítese.
d) metonímia e metáfora.
e) eufemismo e antítese.
PUC - Quanto ao sentido figurado no texto, considere as três figuras abaixo relacionadas, cada uma identificada por uma de suas características mais genéricas:
I- eufemismo: suavização de uma palavra ou expressão;
II- metonímia: a parte pelo todo;
III- personificação: atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas.
A seguir, observe os exemplos e os relacione com as figuras de linguagem:
(    ) “A bossa nova ficou mais triste.”
(    ) “Baden Powell deixou o mundo em saudade.”
(    ) “Powell tinha a arte na ponta dos dedos.”
11) A seqüência correta é:

a) III, I, II.
b) II, III, I.
c) III, II, I.
d) II, I, III.
e) I, III, II.
ITA – Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:
Canção
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas
Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe:
I. “Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas” ……………….. sinestesia
II. “e a cor que escorre dos meus dedos” …..metonímia
III. “o vento vem vindo de longe” …. aliteração
IV. “a noite se curva de frio” ………… personificação
V. “e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça” …….. polissíndeto
12) Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que
a) apenas I, II e III estão corretas.
b) apenas I, III e IV estão corretas.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas I, IV e V estão corretas.
e) todas estão corretas.

ENEM – 2004


13) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.
FGV 2007 – Leia o fragmento abaixo e responda:
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)
Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.
14) Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que
a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.
b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.
c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.
d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.
e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.
PUC 2007 – Leia o fragmento abaixo de Iracema e responda:
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.
15) Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Apresentam eles, dominantemente, as seguintes figuras:
a) comparações e antíteses.
b) antíteses e inversões.
c) pleonasmos e hipérboles.
d) metonímias e prosopopéias.
e) comparações e metáforas.

PUC 2007 – A propósito da passagem:
“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan!’”
16) Nesse fragmento, Mario Quintana faz uso de figuras de linguagem. Indique duas.
a) Metáfora e sinestesia.
17) De que maneira a utilização dessas figuras contribui para estruturar a argumentação do autor sobre o tema?
18) Utilizando-se da metáfora, Mário Quintana compara o estado de quem se acha perturbado, zonzo, atordoado, por causa do barulho, com o estado de bebedeira de alguém que, nesta situação, também se mostra tonto, confuso, transtornado. Já a ironia destaca-se, por exemplo, quando o autor coloca a palavra civilização entre aspas para revelar que o homem, ao se acostumar com o barulho, perde a fala, o poder de pensar, o que o afasta da comunicação e, conseqüentemente, de uma vida civilizada. As perguntas e a exploração da onomatopéia – “Tan! tan! tan!tan! tan!” – também se apresentam como recursos reveladores da ironia

GABARITO:
1-a
2-b
3-a
4-d
5-a:pleonasmo
b:sinestesia
c:prosopopéia
d:sinestesia
e:pleonasmo
6-a:paradoxo e antítese
b:catacrese
c:hipérbole
7-2
1
5
3
4
8-a
9-c
10-c
11-a
12-e
13-e
14-b
15-e

GABARITO
1.  três estrofes; onze versos
2. Rima final, só na última estrofe: dão/mão. Rimas internas: dão/mão (1ª estrofe); presença/lembrança(calor) (2ª estrofe)
3.física: calor; psicológica: lembrança
4. um substantivo composto: lembrançacalor.
5. Mão, no segundo verso.
6.a) habilidade, destreza
b) controle
c) sentido em que um veículo deve transitar
5.      d) influência, intervenção

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