(SAERO).
Leia o texto abaixo e responda.
Doce
bem salgado
Em
restaurantes finos, sobremesas comuns têm preço de prato principal.
Foram-se
os tempos em que quem pagava a conta no restaurante se preocupava apenas com o
preço do prato principal e da bebida. Agora, em casas elegantes do Rio de
Janeiro e de São Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da notinha. E
não se está falando, necessariamente, de sobremesas sofisticadas ou criações
originais dos chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São Paulo, abocanha 17
reais do cliente. Só para fazer uma comparação que os donos de restaurante
detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze caixas da fruta, com 330
moranguinhos. Ou um filé com fritas num restaurante médio.
No
Le Champs Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais, mesmo
preço da torta de figo do Le Saint Honoré. “Nossos doces são elaborados
e não estão na geladeira há dois dias, como os de outros lugares”, justifica o chef
Alain Raymond, do Champs Elisées.
Disponível
em: . Acesso em: 25 mar.
2010.
No
trecho “... os doces podem ser a parte mais salgada da notinha.” (ℓ. 7-8),
a expressão em destaque foi utilizada no intuito de
A)
comparar os restaurantes.
B)
contradizer os chefs.
C)
dar clareza ao texto.
D)
enfatizar a ideia anterior.
E) ironizar
o preço dos doces.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Disponível
em: .
Acesso em: 26 jun. 2010.
No
último quadrinho, a expressão “Bah!” revela que a menina ficou
A)
aborrecida.
B)
desolada.
C)
enojada.
D)
indiferente.
E)
triste.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Deus
sabe o que faz!
A
ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres;
caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a
cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava
nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um
dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu
tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que
se considerava tão viúva como dantes. E acrescentou:
–
Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...
Não
acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que eram
a sua feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida, como
os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte
a pediu em casamento. [...]
–
Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.
D.
Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro,
para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...]
–
Oh! mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção.
–
Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário
prestou-me contas. Queres ver?
E
levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de
algarismos.
E
depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! eram montes de ouro,
eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência.
Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista* fitava-a, e
dizia-lhe ao ouvido com a mais pérfida das alusões:
–
Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
*
médico especialista em doenças mentais.
ASSIS,
Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Escala Educacional, 2008. Fragmento.
O
termo destacado em “Era uma via-láctea de algarismos.” (ℓ. 33) assume,
nesse texto, o sentido de
A)
beleza.
B)
disposição.
C)
luminosidade.
D)
organização.
E)
quantidade.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Turismo
A
única coisa que perturba harmonia do ambiente são os turistas. Alguns. Eles não
viajam a fim de ver o mar, ouvir o vento, sentir a areia. Eles só querem mudar
de cenário para fazer as coisas que fazem sempre. E, para eles, o som é
essencial. A todo volume. Para que todos saibam que eles têm som. Nunca
desembarcam de si mesmos. Por onde vão, sua presença é uma perturbação para o
espírito. Fico a me perguntar: por que não gostam do silêncio? Acho que para
eles, o silêncio é o mesmo que o vazio. E o vazio é sinal de pobreza. Nossa
cultura provocou uma transformação perversa nos seres humanos, de forma que
eles acreditam que, para estar bem, é preciso estar acoplados a objetos
tecnológicos.
ALVES,
Rubem. Turismo. In: Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003. p.
158. Fragmento.
No
trecho “Nunca desembarcam de si mesmos.”, o autor usou a expressão
destacada para ressaltar que os turistas têm dificuldade de
A)
conviver em harmonia.
B)
mudar os hábitos.
C)
respeitar o lugar.
D)
sentir a paisagem.
E)
transformar as pessoas.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Quanta
pressa!
Como
vc é apressada! Não lembra que eu disse antes de vc viajar que eu ia pra
fazenda do meu avô? Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra lá?!?!?!:-O
Vc
sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que eu falo?
Quando
ficar mais calma eu tc mais, tá legal?
:-*
Mônica
PINA,
Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006.
Fragmento.
As
reduções (vc, tc) e os emoticons (:-*), usados com frequência em e-mails,
imprimem ao texto
A)
agilidade.
B)
clareza.
C)
correção.
D)
formalidade.
E)
precisão.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
cultura dos sebos
O
administrador André Garcia tinha 26 anos quando abandonou uma promissora
carreira na área de inteligência de mercado em operadoras de celular, no Rio.
Estava farto do mundo corporativo. Na dúvida do rumo a seguir, buscou a vida
acadêmica. Mas, ao procurar livros para um mestrado, notou uma lacuna no
mercado que mudaria sua trajetória.
Garcia
não achava os títulos que queria em bibliotecas e livrarias, perdia-se nos
sebos e na falta de oferta de usados na internet. Veio então o estalo.
Em um ano, lançou o Estante Virtual, portal de compra de livros usados, que
completa quatro anos com 1.670 sebos, com 22 milhões de obras reunidas.
Aos
31 anos, Garcia comanda um negócio que vende 5 mil livros diários, em 300 mil
buscas (12 buscas por segundo em horário de pico). Para ele, os sebos devem ser
valorizados como agentes de democratização da leitura. “Elas têm de estimular a
imaginação e a reflexão. Qualquer leitura não é leitura”, diz com autoridade
conquistada pelo sucesso da iniciativa inédita de intermediação. Garcia diz ser
um erro achar que só à escola cabe estimular a leitura. É desafio do país,
afirma, fazê-la ser vista como prazer. O Estante Virtual quer provar que até
uma iniciativa de negócio pode fazer a sua parte.
Língua
Portuguesa,
ano 4, nº 53, mar. 2010, p. 13. Fragmento.
No
trecho “É desafio do país, afirma, fazê-la ser vista como prazer.” (ℓ. 25-26),
o pronome destacado refere-se à palavra
A)
democratização.
B)
leitura.
C)
imaginação.
D)
reflexão.
E)
escola.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
História
deliciosa
Nada
mais gostoso que cheirinho de pão quente de manhã! Muita gente pensa assim, em vários
países, há milhares de anos. O pão foi o primeiro alimento criado pelo homem, há cerca
de
12
mil anos. Antes todos dependiam da caça e da pesca para comer.
Quando
os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se
desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis
de plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos
e misturados à água e a massa assada sobre cinzas. O resultado era um pão fi no
e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo de uma longa história.
PRIMEIRAS
DELÍCIAS
Os
antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram
a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno
deixava o pão mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa
fermentada. No Egito, o pão era tão importante que servia como pagamento para
os trabalhadores. E os nobres também valorizavam esse alimento: na tumba de
Ramsés III há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e bolos.
No
Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e
por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As
primeiras padarias só surgiram
por
volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses.
Recreio. São Paulo: Abril, n.
206, p. 18-19.
No
trecho “As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por
italianos e portugueses.”, a palavra destacada adquire, no texto, o sentido de
A)
aperfeiçoadas.
B)
administradas.
C)
contatadas.
D)
orçadas.
E)
tratadas.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Sobre
o milho
No
Brasil, a venda do vegetal tem força principalmente no caso dos enlatados, que
são utilizados, sobretudo, em saladas ou pizzas (cuidado com o sódio, inimigo
do coração). Além disso, no entanto, as grandes empresas de distribuição
oferecem o alimento na espiga, que é destinado à produção de curau ou pamonha,
segundo o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da Embrapa, órgão ligado
ao governo federal.
Do
ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em cálcio, entre outros
minerais. No contato com o fogo (pipoca), parte dos nutrientes são perdidos.
Outra
função importante do milho à alimentação diária: dele, os produtores conseguem extrair
a farinha de milho e fubá, utilizados para preparo de pratos típicos
brasileiros. Ambos são ricos em amido e polissacarídeo que ajuda a fortalecer o
sistema imunológico.
O
ideal é que as substâncias encontradas no milho façam parte do cardápio, mesmo
que seja de forma indireta, como na polenta ou na pamonha caseira.
Vida
Natural e equilíbrio. Escala,
número 19. p. 25.
No
fragmento “Do ponto de vista nutricional, o milho é riquíssimo em
cálcio, entre outros
minerais.”
(ℓ. 11-12), o uso da palavra destacada
A) acrescenta dados sobre o real valor
nutricional do milho.
B) enfatiza a opinião do autor em
relação à ingestão do milho.
C) evidencia exagero quanto ao valor
nutricional do milho.
D) reforça a ideia do elevado valor
nutricional do milho.
E) sugere a
indispensabilidade do milho nas refeições diárias.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Vintage – Paulinho da Viola
Ontem,
1981
Eu
aspirava a
muitas coisas.
Eu
temia viver
à deriva.
Eu
desfilava meu
amor pela Portela.
Eu
cantava carinhoso.
Eu
escutava e
não ligava.
Eu
usava roupas
da moda
Me
alegrava uma
roda de choro.
Eu
pegava um
violão e saía noite adentro.
Meu
cavaquinho chorava quando
eu não tinha mais lágrimas.
Hoje,
2010
Eu
aspiro ao
essencial: uma boa saúde
Eu
temo não
poder navegar.
Eu
desfilo meus
sonhos possíveis.
Eu
canto e
males espanto.
Eu
escuto e...
“pode repetir, por favor?”
Eu
uso, mas
não abuso.
Me
alegra um
bom papo.
Eu
pego o
violão e procuro um cantinho.
Meu
cavaquinho chora quando
surge uma melodia
nova.
No
trecho “Eu temia viver à deriva.”, a expressão destacada tem o sentido
de viver sem
A)
amor.
B)
conforto.
C)
ideal.
D)
rumo.
E) valores.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A
nova minoria
É
um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que hoje estejam até em menor
número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da
dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo
exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos
sensatos.
A
comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se
com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser
considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande
coisa.
Os
seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez
passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.
Reconhecê-los
não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente
o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso.
Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões
justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades.
MARTHA,
Medeiros. In: Revista O Globo. 31 jan. 2010, p. 38.
No
trecho “Reconhecê-los não é difícil.” (ℓ.
10), o pronome destacado se refere a
A)
seus antepassados.
B)
bisnetos mistos.
C)
seres mistos.
D)
outros insensatos.
E)
sensatos puros.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A Moreninha
Depois
de respirar um momento, as meninas, julgando-se sós, começaram a conversar livremente,
enquanto Augusto, com sua roupa embaixo do braço, coberto de teias de aranha e
suores frios, comprimia a respiração e conservava-se mudo e quedo, medroso de
que o mais pequeno ruído o pudesse descobrir; para seu mor infortúnio, a barra
da cama era incompleta e havia seguramente dois palmos e meio de altura
descobertos, por onde, se alguma moça olhasse, seria ele impreterivelmente
visto. A posição do estudante era penosa, certamente; por último, saltou-lhe
uma pulga à ponta do nariz, e, por mais que o infeliz a soprasse, a teimosa
continuou a chuchá-lo com a mais descarada impunidade.
–
Antes mil vezes cinco sabatinas seguidas, em tempo de barracas no Campo!...
dizia ele consigo.
Mas
as moças falam já há cinco minutos; façamos por colher algumas belezas, o que
é, na verdade, um pouco difícil, pois, segundo o antigo costume, falam todas
quatro ao mesmo tempo. Todavia. Alguma coisa se aproveitará.
MACEDO,
Joaquim Manuel de. A Moreninha, Rio de Janeiro: Record, 2000. p.
113.
No
trecho “...por mais que o infeliz a soprasse,...” (ℓ. 14), o pronome em destaque refere-se à
A)
roupa.
B)
aranha.
C)
respiração.
D)
pulga.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Texto
Soneca
sem culpa
Juliana
Tiraboschi
Todos
sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde.
Mas
o sono ainda é cercado de desconhecimentos e mitos, como o de que precisamos
dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco Túlio de Mello, chefe da
disciplina de Medicina e Biologia do sono do Departamento de Psicologia da
Unifesp. “Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos
de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de
menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas.”
A
siesta é outro tema que desperta opiniões controversas.
Enquanto
uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros veem a
prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a
soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o
aumento da concentração.
“Ela
é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz Mello. [...]
E
se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo
da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes
para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?
GALILEU. São Paulo: Abril.
set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado: Reforma Ortográfica
No
Texto, no trecho “Isso é mentira”, a palavra destacada refere-se ao
trecho
A)
“precisamos dormir 8 horas por dia”.
B)
“a siesta é outro tema controverso”.
C)
“a soneca traz benefícios físicos”.
D)
“cochilo é coisa de preguiçoso”.
E)
“mas a maioria se beneficiaria”.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A
hora dos ruminantes
A
noite chegava cedo em
Manarairema. Mal o sol se afundava atrás da serra – quase que
de repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher
bezerros, de se enrolar em
xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em
fundos de grotas, em porões escuros, ia se espalhando, entrando nas casas,
cachorro de nariz suado farejando.
Manarairema,
ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate
pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de
ouvido, com medo do escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando
ferros, morcegos costurando a esmo, estendendo panos pretos, enfeitando o largo
para alguma festa soturna.
Manarairema
vai sofrer a noite. [...]
Não
se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as portas e não davam
passagem, não podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela
não se conseguia mais fechá-la, não havia força que empurrasse para trás aquela
massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que vinha preencher o espaço.
Frequentemente
surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes
distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem
uma arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates
não conseguia mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse
já folgava um pouco o aperto – mas só enquanto os empurrões vindos de longe não
restabelecessem a angústia. [...]
VEIGA,
José J. Disponível em: . Acesso
em: 5 mar. 2012. Fragmento.
No
trecho “... não se conseguia mais fechá-la, ...” (ℓ. 21-22), o termo
destacado refere-se à
A)
noite.
B)
casa.
C)
janela.
D)
força.
E)
massa.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Pensamento
positivo pode ajudar a combater doenças
[...]
Já é bem aceito pela medicina que os pensamentos negativos e a ansiedade podem
nos deixar mais susceptíveis a doenças. O estresse – que é útil em pequenas
doses para preparar o corpo para a ação ou fuga – quando constante, aumenta os
riscos de diabetes e até demência.
O
que os pesquisadores estão descobrindo agora é que o pensamento positivo não só
ajuda a combater o estresse, mas também têm efeitos positivos na saúde.
Sentir-se seguro e acreditar que as coisas vão melhorar pode ajudar o corpo a
se curar. Uma compilação de estudos publicada na revista de Medicina
Psicossomática sugere que os benefícios do pensamento positivo acontecem independente
do dano causado pelo estresse ou pessimismo. [...]
Disponível
em:
+COMBATER+DOENCAS.html>.
Acesso em: 8 set. 2011. Fragmento.
No
trecho “... que é útil em pequenas doses...”, o pronome relativo em
destaque refere-se à palavra
A)
ansiedade.
B)
estresse.
C)
fuga.
D)
pensamento.
E)
pessimismo.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Texto 1
Exóticos,
pequenos e viciantes
Ao
caminharmos pela cidade, nas alamedas e nas praças é frequente vermos pessoas
falando ao celular, gente dirigindo com uma das mãos, pessoas apertando botões
e até tirando fotos com seus aparelhos digitais. Até ouvimos os toques
polifônicos diversifi cados e altos que se confundem com as buzinas e os sons
urbanos mais comuns.
O
que me chama a atenção são os tamanhos, os formatos e as múltiplas funções
dessas coisas que também são úteis, quando não passam de meros badulaques teens.
Os
celulares estão cada vez mais viciosos, uma coqueluche. Já fazendo analogia com
a peste, os celulares estão se tornando uma febre, [...] bem como outros
aparelhos pequenos, úteis e viciantes. [...] Tem gente que não vive sem o
celular! Não fica sem aquela olhadinha, telefonema ou mensagem instantânea, uma
mania mesmo.
Interessante,
uma vez, um amigo meu jornalista disse que os celulares podem ser próteses. Bem
como outro objeto, status ou droga podem ser próteses. Pode haver gente
que não têm amigos, mas tem o melhor celular, o mais moderno, uma prótese para
a vida.
Pode
ser que haja gente que não seja feliz, mas tenha uma casa boa, o carro do ano,
o poder, a fama e muito dinheiro, tem próteses.
Tudo
que tenta substituir o natural, o simples da vida, será prótese de uma pessoa.
Aqui, entendo natural como a busca da realização, da felicidade, do bem-estar
que se constrói pela simplicidade, pelo prazer de viver. Viver incluído no
mundo digital e moderno é legal, mas é preciso manter o senso crítico de que as
coisas podem ser pequenas, úteis e viciantes. VIANA, Moisés.
Disponível em:
.
Acesso
em:
4 fev. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfi ca.
No
Texto 1, no trecho “... é preciso manter o senso crítico de que as coisas podem
ser pequenas, úteis e viciantes.” (ℓ. 37), a expressão destacada
enfatiza
A) a importância dos celulares na vida
moderna.
B) a inferioridade dos aparelhos
celulares.
C) a tecnologia presente nos aparelhos
celulares.
D) uma crítica ao uso do celular e
seus malefícios.
E) uma relação entre
o tamanho do celular e o vício.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Disponível
em: .
Acesso em: 8 jan. 2012.
Nesse
texto, as formas verbais “Tire” e “Fique” foram usadas para expressar
A)
um alerta.
B)
um desejo.
C)
um pedido.
D)
uma ordem.
E) uma súplica.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Leitura:
quem começa não para mais
Mundo
Jovem:
Qual a importância da leitura para os jovens?
Elisabeth
Dangelo Serra:
A leitura no mundo moderno é a habilidade intelectual mais importante a ser
desenvolvida e cultivada por qualquer pessoa e de qualquer idade. Os jovens que
não tiveram a oportunidade de descobrir os encantos e os poderes da leitura terão
mais dificuldades para realizar seus projetos de vida do que aqueles que
escolheram a leitura como companhia. Apesar dos atrativos atuais trazidos pelas
novas tecnologias, hoje há um número expressivo de jovens que leem porque
gostam e ao mesmo tempo são usuários da internet.
Aqueles
que são leitores têm muito mais chances de usufruir da internet do que aqueles que
não têm contato com a leitura de livros, jornais e revistas. Contudo é a
leitura literária que alimenta a imaginação, a fantasia, criando as condições
necessárias para pensar um projeto de vida com mais conhecimento sobre o mundo,
sobre as coisas e sobre si mesmo.
Uma
mensagem: nunca é tarde para começar a ler literatura. Portanto aqueles que não
trilharam
esse caminho, e desejarem experimentar, vale a pena tentar.
Mundo
Jovem:
Como nos tornamos leitores, como desenvolvemos o gosto pela leitura?
Elisabeth
Dangelo Serra:
Só há uma maneira de nos tornarmos leitores: lendo. E essa atitude é cultural,
ela não nasce conosco, tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.
O
entorno cultural em que a pessoa vive é determinante para que a habilidade de
ler tenha chances de crescer. Ela é fruto do exemplo e das oportunidades de
contato com a cultura letrada, em suas diversas formas. O exemplo e as oportunidades
são criados por adultos que estão próximos às crianças e aos jovens.
Disponível
em: . Acesso em:
15 abr. 2011. Fragmento.
No
trecho “... tem que ser desenvolvida e sempre alimentada.” (ℓ. 34), a
palavra destacada assume no contexto o sentido de
A)
aperfeiçoada.
B)
apreciada.
C)
avaliada.
D)
exercitada.
E) sustentada.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Disponível
em: .
Acesso em: 9 out. 2012.
Nesse
texto, no trecho “Dê uma voltinha de carro com o barbeiro”, a palavra
destacada tem o sentido de
A)
pessoa que coleciona carros.
B)
pessoa que dirige mal.
C)
pessoa que usa barba ou bigode.
D)
profi ssional que trabalha com carros.
E) profi ssional que
faz barba e cabelo.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Antes
e depois
O
salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a boa [...] D. Maria,
digerindo sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o
desembargador, apreciava o fresco da noite à janela, sugando com ruído a fumaça
de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras. Perto do
piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...
O
Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...
II
–
Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta do charuto, manda Clara
cantar...
–
Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
Clara
cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...
–
Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face
rosada da meiga Clarinha...
O
desembargador olhava outra vez para os astros...
III
Rola
o tempo...
Numa
casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...
Os
vizinhos dizem cousas... ih!
IV
–
Como vais, Belmiro?
–
Mal!
–
Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha...
–
Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive; é de feijões...
–
Então...
–
Devo até a roupa com que me cubro!...
–
E o dote?
–
Ah! Ah! Adeusinho...
V
É
noite.
D.
Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um
enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com
uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.
Clara
toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...
O
Dr. Belmiro vem da rua zangado.
–
Não sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o
diabo as suas músicas e vá-se com elas!
POMPEIA,
Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em:
br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>.
Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.
No
trecho “... gastando velas a atormentar-me!” (ℓ. 51-52), o pronome
destacado refere-se
A)
à D. Clara.
B)
à D. Maria.
C)
ao desembargador.
D)
ao Dr. Belmiro.
E) ao pequenote.
------------------------------------------------------------
(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Carta
de Leitor
Enaltecer
a habilidade literária de Lya Luft seria “chover no molhado”. Eu a acompanho sempre,
pois creio que ela é detentora da qualidade de que almejo um dia chegar
próximo, e de hoje coloco em crônicas num blog cujo foco são o otimismo
e a esperança. Por esse motivo, o artigo de Lya tocou-me mais do que nunca,
especialmente porque sempre se percebe nela a preocupação em desfazer a opinião
de alguns que a qualificam como mal-humorada, ranzinza e saudosista. Lya, no
meu modo de ver, é realista, perspicaz, observadora e analista da realidade. No
presente artigo, nesse momento em que passamos a ver uma tênue luz no fim do
túnel mundial, ela aponta e vislumbra a luminosidade sobre todos os entraves
que impedem o brasileiro e o ser humano universal de viver com um mínimo de
dignidade. Ainda é possível mudar.
Teodoro
Uberreich
Veja, Ilha Bela, SP, 2
nov. 2011.
No
Texto 2, o autor usou a expressão “‘chover no molhado’” (ℓ. 2) para
expressar
A)
admiração.
B)
entusiasmo.
C)
frustração.
D)
ironia.
E)
monotonia.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A
importância da leitura como identidade social
[...]
Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas
daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos
livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se
que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto
de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram
mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os
leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos
afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que
dialogará com os textos?
Muitos
livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de
leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando
ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o
domínio da língua é a base para a leitura.
Assim,
cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor
ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade
social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade
que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com
as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição
da identidade, como também tornará esse processo contínuo.
Para
tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo,
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até
chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis
ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre
gêneros e autores também é uma estratégia válida.
A
família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar
filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a
leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa
questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso
cotidiano discussões sobre os livros que lemos?
KOCH,
Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em:
artigo235676-1.asp>.
Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento.
Nesse
texto, no trecho “a aceitabilidade que temos e a credibilidade”
(ℓ. 15-16), o pronome destacado refere-se à palavra
A)
aceitabilidade.
B)
credibilidade.
C)
identidade.
D)
leitura.
E)
negociação.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Cafezinho
Leio
a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram
que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à
conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.
Tinha
razão o rapaz de ficar zangado. [...]
A
vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo
de pessoas.
O
remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse
“cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou
três horas dá vontade de dizer:
–
Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no
cafezinho.
Ah,
sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os
lugares este recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café e disse que
volta já.
Quando
a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará
o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando
vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será
o mesmo: – Ele disse que ia tomar um cafezinho...
Podemos,
ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo.
Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele
está aí...
Ah!
Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada
demais.
Gastamos
muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.
Quando
vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para
tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.
BRAGA,
Rubem. Disponível em:
.
Acesso
em: 17 fev. 2012.
1)
O trecho “... lhe disseram que o homem havia ido tomar um
cafezinho.” (ℓ. 3-4), o pronome destacado refere-se ao
A)
repórter.
B)
delegado.
C)
amigo.
D)
credor.
E)
parente.
2) Nesse texto, a
expressão “... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.” (ℓ. 18-19) foi usada
para
A) colocar em destaque os benefícios
oferecidos pelo café.
B) demonstrar o sentimentalismo do
autor.
C) destacar a importância do café na
vida das pessoas.
D) fazer referência a elementos
religiosos.
E) intensificar a ideia do cafezinho
como fuga dos problemas.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Educação
ambiental: uma alternativa?
A
educação ambiental é uma alternativa que parece não ter efeito. Isso acontece
porque muita gente entende educação ambiental como verdismo, simplesmente
passear em parques, visitar animais, promover e/ou participar de campanhas de
separação de lixo. Mas isso é muito superficial. Isso é uma forma de separar a
natureza em sua dimensão natural da sua dimensão interna. É como separar o
mundo externo do mundo da sua própria casa, ou da instituição da escola. Então,
educação ambiental é ressensibilização, tomada de consciência existencial, de
como podem ser criados modos de ser, modos de vida, onde o cultivo das emoções
positivas, dos valores, da vida simples, do que a nossa tradição herdou.
Essas
tradições eram sustentáveis em termos de alimentação, de medicação natural. Por
exemplo, o que os índios nos legaram. Só que tomamos um rumo chamado progresso
que nos levou a essa situação de crise.
Disponível
em: . Acesso em: 22 dez.
2011. Fragmento.
No
trecho “... isso é muito superficial.” (ℓ. 4), o pronome
destacado retoma o trecho:
A) “... uma alternativa que parece não
ter efeito.” (ℓ. 1-2)
B) “... entende educação ambiental
como verdismo,...” (ℓ. 3-4)
C) “... separar a natureza em sua
dimensão natural...” (ℓ. 7-8)
D) “... separar o mundo externo do
mundo da sua própria casa,...” (ℓ. 9-10)
E) “... cultivo das emoções positivas,
dos valores, da vida simples,...” (ℓ. 14-15)
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Ainda mais uma vez – Adeus!
I
Enfim
te vejo! – enfim posso,
Curvado
a teus pés, dizer-te
Que
não cessei de querer-te,
Pesar
de quanto sofri.
Muito
penei! Cruas ânsias
Dos
teus olhos afastado
Houveram-me
acabrunhado,
A
não lembrar-me de ti!
II
Dum
mundo a outro impelido,
Derramei
os meus lamentos
Nas
surdas asas dos ventos,
Do
mar na crespa cerviz!
Baldão,
ludibrio da sorte
Em
terra estranha, entre gente,
Que
alheios males não sente,
Não
se condói do infeliz! [...]
XVI
Adeus
qu’eu parto, senhora:
Negou-me
o fado inimigo
Passar
a vida contigo,
Ter
sepultura entre os meus;
Negou-me
nessa hora extrema,
Por
extrema despedida,
Ouvir-te
a voz comovida
Soluçar
um breve Adeus!
XVII
Lerás
porém algum dia
Meus
versos d’alma arrancados,
D’amargo
pranto banhados,
Com
sangue escritos; – e então
Confio
que te comovas,
Que
a minha dor te apiade,
Que
chores, não de saudade,
Nem
de amor; – de compaixão.
DIAS,
Gonçalves. Poesia. IN. BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura
Brasileira. 2 ed. São Paulo: Cultrix, 1967. Fragmento.
Nesse
texto, infere-se que a palavra “fado” (v. 18), significa
A)
canção.
B)
destino.
C)
problemas.
D)
separação.
E)
sorte.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Pneumotórax
Febre,
hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A
vida inteira que podia ter sido e que não foi:
tosse,
tosse, tosse.
Mandou
chamar o médico:
Diga
trinta e três.
Trinta
e três, Trinta e três... Trinta e três.
Respire.
.................................
O
senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
Então,
doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
−
Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
BANDEIRA,
Manuel. Estrela da vida inteira. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio,
1974. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
Nesse
texto, o trecho “A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.” (v. 12)
sugere
A)
compaixão.
B)
desprezo.
C)
exagero.
D)
ironia.
E)
musicalidade.
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(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
A
melhor amiga do homem
Diogo
Schelp
Devemos
muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a
parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e
para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado
existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O
truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás,
vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano,
subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em
jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de
seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual
Paulista em Araçatuba. [...]
A
vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano
Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina,
escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados
Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do
Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies
americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que
a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
humanidade deixará de ser onívora.
Revista
Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
No
trecho, “Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de
ser onívora.”
(. 22-23), a expressão destacada tem o sentido de um fato
A)
absurdo.
B)
admissível.
C)
estimado.
D) impossível.
E)
possível.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Deus
sabe o que faz!
A
ilustre dama, ao fim de dois meses, achou-se a mais desgraçada das mulheres;
caiu em profunda melancolia, ficou amarela, magra, comia pouco e suspirava a
cada canto. Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa ou reprove, porque respeitava
nele o seu marido e senhor, mas padecia calada, e definhava a olhos vistos. Um
dia, ao jantar, como lhe perguntasse o marido o que é que tinha, respondeu
tristemente que nada; depois atreveu-se um pouco, e foi ao ponto de dizer que
se considerava tão viúva como dantes.
E
acrescentou:
–
Quem diria nunca que meia dúzia de lunáticos...
Não
acabou a frase; ou antes, acabou-a levantando os olhos ao teto – os olhos, que
eram a sua feição mais insinuante – negros, grandes, lavados de uma luz úmida,
como os da aurora. Quanto ao gesto, era o mesmo que empregara no dia em que Simão Bacamarte
a pediu em casamento. [...]
–
Consinto que vás dar um passeio ao Rio de Janeiro.
D.
Evarista sentiu faltar-lhe o chão debaixo dos pés. [...] Ver o Rio de Janeiro,
para ela, equivalia ao sonho do hebreu cativo. [...]
–
Oh! Mas o dinheiro que será preciso gastar! Suspirou D. Evarista sem convicção.
–
Que importa? Temos ganho muito, disse o marido. Ainda ontem o escriturário
prestou-me contas. Queres ver?
E
levou-a aos livros. D. Evarista ficou deslumbrada. Era um via-láctea de
algarismos.
E
depois levou-a às arcas, onde estava o dinheiro. Deus! Eram montes de ouro,
eram mil cruzados sobre mil cruzados, dobrões sobre dobrões; era a opulência.
Enquanto ela comia o ouro com os seus olhos negros, o alienista* fi tava-a, e dizia-lhe
ao ouvido com a mais pérfi da das alusões:
–
Quem diria que meia dúzia de lunáticos...
*
médico especialista em doenças mentais.
ASSIS,
Machado. Papéis avulsos. São Paulo: Escala educacional, 2008. Fragmento.
A
expressão “comia o ouro com os seus olhos negros...” (. 22) pode ser compreendida como um olhar
A) ambicioso.
B)
desconfiado.
C)
desconfortável.
D)
interessado.
E)
melancólico.
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49 comentários:
oi
Obrigada pelo material excelente!
gente qual é o gabarito?
Também queria saber
Textos riquíssimos, por favor postem o gabarito, obrigada.
Gabarito
Amei!!!!
Manda gabarito por favor
também quero o gabarito, alguém tem?
Excelente!
Muito bom mesmo alguém tem o gabarito
Cadê o gabarito
Poderiam postar o gabarito?
Mandar o gabarito
Eu queria o gabarito ou só a resposta do texto cultura dos sebos..
Gabarito
Muito obrigada por compartilhar o excelente material! Peço a gentileza do envio do gabarito, se possível, via e-mail: andressdanielycacoal@gmail.com
Por favor me envie o gabarito. sandrovieirarodrigues@yahoo.com.br
Dá a resposta de umas questões e outras não, assim fica difícil! Parabéns pela página, mas se puder responder a todas, agradeço!
Queria o gabarito
Queria o gabarito.
Ola aguem tem gabarito
QUERO O GABARITOO COMO TEM AS PERGUNTA E AS RESPOSTA NÃO ?? Coloca o gabarito por**
AMEIIIII. TEXTOS E QUESTÕES RIQUÍSSIMAS. QUERO GABARITO, POR FAVOR! mcgfc65flavia@gmail.com
Por favor alguém tem o cabarito?
Conseguiu o gabarito?
Kd o gabarito
Pfvr alguém me manda o gabarito
Tô precisando muito
Sou Eunice Barbosa
MARAVILHOSO .
POR GENTILEZA ENVIAR GABARITO .
euroa2612@gmail.com
Excelente.
Falta o gabarito.
por gentileza, favor enviar o gasbarito para o e-mail
sandra.aaugustohotmail.com
por gentileza, favor enviar o gasbarito para o e-mail
sandra.aaugusto@hotmail.com
Grata
Gabarito por favor
Me mande o gabarito pfv
Me mande o gabarito pfv
Me manda o gabarito pfv
Me manda o gabarito porfavor
Manda o gabarito por favor
Qual é a do fado
Manda o gabarito pra mim
Me mnda o gabarito
Me mnda o gabarito pf
Me mnda o gabarito pf
Cadê as respostas
É o gabarito?
Alguém tem gabarito resumindo não dá de responder
Oi vc pode me mandar o gabarito
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