Exercícios
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,
identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de
um texto.
(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.
Por
que todo mundo usava peruca na Europa dos séculos XVII e XVIII?
Não
era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV
(1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo
mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O
resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar,
então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha
de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos.
Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas
também era nojenta.
“Proliferava
todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma
o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades SENAC, em São Paulo. Em 1789, com a
Revolução Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com
perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem,
porém, era muito mais velha do que a monarquia francesa.
No
Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos
de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de
uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza
europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária
oficial dos juízes.
Disponível
em: .
Acesso em: 27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica.
No
techo “... elas logo caíram em desuso.” (ℓ. 22-23), o pronome em
destaque retoma
A)
diferenças.
B)
cabeleiras.
C) perucas.
D)
classes sociais.
E)
cabeças raspadas.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
A
decadência do Ocidente
O
doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a
família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de
perto. Já tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la,
quando ouviu do pai que a galinha seria, obviamente, comida.
–
Comida?!
–
Sim, senhor.
–
Mas se come ela?
–
Ué. Você está cansado de comer galinha.
–
Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?
–
Claro.
Na
verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha
ligado as partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do
apartamento.
O
doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia
como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a
empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha.
Depois veio a mulher dizer que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
–
A empregada não sabe fazer?
–
Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cortar
o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Era
o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.
–
Eu?! Não mesmo!
O
doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.
–
A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
–
O quê?!
–
Há dez anos.
–
Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.
–
Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.
Alguém
no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete entre
os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho
do 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.
–
Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do
edifício e repetiu:
–
Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!
E
a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO,
Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.
A
repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a
A) vontade do médico de comer aquele
tipo de receita de galinha.
B) curiosidade do menino que nunca
tinha visto uma galinha viva.
C) impaciência da esposa por não
conseguir resolver o problema.
D) ignorância da empregada que não
sabia fazer a receita.
E) falta de coragem das pessoas para
cortar o pescoço da galinha.
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(SAEPE). Leia o texto
abaixo e responda.
Dia
do professor de anacolutos
Levantei-me,
corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele me olhou agradecido, o rosto cansado.
Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava para
casa uma maçaroca de provas para corrigir.
O
aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:
–
Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto?
É
o que dá a gente querer ser legal.
Vai-se
apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por que não
pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças
dele?
–
Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.
–
Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado
o giz do chão. Estou ficando enferrujado.
Agora
era ele, no bar, tomando café.
–
Lembra de mim, professor?
Também
estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.
Com
o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos óculos no alto do nariz fino e cheio
de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro
de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.
–
Fui seu aluno, professor!
DIAFÉRIA,
Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento.
1)
A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” (ℓ. 18), tem o
mesmo sentido de
A)
contrair doenças.
B)
estar preguiçoso.
C)
ser descuidado.
D)
ser esquecido.
E)
ter limitações.
2) No trecho
“Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” (ℓ. 15), a repetição da palavra
“Anacoluto” sugere
A)
brincadeira.
B)
confirmação.
C)
desconhecimento.
D)
desrespeito.
E)
receio.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo.
Resiliência
A
arte de dar a volta por cima
“Aquilo
que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm
Nietzsche. Este poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além
de pacientes, são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da vida e,
sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e aprender com
eles.
Sob
a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de
energia, muita competência e um número cada vez maior de habilidades.
Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos,
onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados e estressados.
Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários
pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez
para que recuperem o movimento e não caiam ao chão.
O
capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem
nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele
queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto
da sereia”; suas melodias repetem continuamente o refrão: “comprar, comprar,
comprar”.
Juntam-se
a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas
manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como
consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita
energia vital.
Se
de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta
distâncias e agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos
tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam
continuamente. E assim fi camos brigando contra o... tempo!
KAWALL,
Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p.
60-61. Fragmento.
No
trecho “Juntam-se a isso...” (ℓ. 16), a palavra
destacada refere-se
A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.
B)
ao trânsito caótico nas grandes cidades.
C)
às notícias ruins veiculadas pela mídia.
D)
às necessidades vitais das pessoas.
E)
às várias decepções do dia a dia.
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(SAEPE).
Leia o texto abaixo e responda.
A
melhor amiga do homem
Diogo
Schelp
Devemos
muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a
parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e
para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado
existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
O
truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o
mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás,
vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa
espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano,
subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em
jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de
seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual
Paulista em Araçatuba. [...]
A
vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na
Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano
Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina,
escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados
Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do
Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies
americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que
a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
humanidade deixará de ser onívora.
Revista
Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
No
trecho “...subtraindo-lhes a importância...” (. 10), o pronome destacado retoma o termo
A)
ambientalistas.
B) bovinos.
C)
cientistas.
D)
homens.
E)
rebanhos.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Atento
Rapazote
“Eram os primeiros anos do século passado, e aquele
agente dos correios, recémchegado de Maceió, foi recebido na cidade com
admiração que misturava espanto e reverência, pois, de acordo com os
comentários que logo correram, tratava-se de pessoa de vasto conhecimento, homem
de muitas letras, um sábio. Por ser tudo isso, certamente, não foi hostilizado
por seu jeito esquisito de se vestir e pela aparência amalucada que lhe davam
os cabelos compridos sempre em desalinho. (...)
A figura estranha trazia, também, idéias que iam muito
além dos morros em redor da cidade. As discussões na casa do Pão-sem-miolo
despertavam interesse cada vez maior entre a rapaziada, a maioria estudantes de
um colégio recém-fundado em
Viçosa, o Internato Alagoano. Muitos não chegavam a
compreender as explanações do mestre, mas insistiam, iam em frente, tomavam
conhecimento de Coelho Neto, Aluísio Azevedo, depois Zola, Victor Hugo. (...)
Um dos mais atentos ouvintes de Mario Venâncio era
um rapazote de 12 anos chamado Graciliano Ramos.”
(Em,
Audálio Dantas, O Chão de Graciliano. Tempo d’Imagem, 2007. In: Revista: Discutindo
Literatura – Ano 3, nº 18. p. 36.
O
“Atento Rapazote” de que fala o título desse texto é
A)
Aluísio Azevedo.
B)
Coelho Neto.
C) Graciliano Ramos.
D)
Mário Venâncio.
E)
Victor Hugo.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
POLUIÇÃO
DA ÁGUA
O
papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico aqui, a lata de
refrigerante acolá. No primeiro temporal, as chuvas levam esse lixo para bueiros
e depois para algum rio que atravessa a cidade. Quem não viu um monte dessas
coisas flutuando na água?
Mas
essa é a poluição que enxergamos. A que não vemos é causada pelo esgoto das
residências, que lança nos rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de
bactéria que deles se alimenta: são as chamadas bactérias aeróbicas, que
consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, além de causarem problemas de
saúde se ingeridas.
Outro
problema são as indústrias localizadas nas margens dos rios e lagos. Só
recentemente foram criadas leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a
fim de diminuir a quantidade de poluentes químicos que elas despejam nas águas
e que foram responsáveis pela “morte de muitos rios e lagos de todo o mundo”.
Poluição
Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p.
4-5 – adaptado.
No
trecho “A que não vemos é causada pelo esgoto das residências,“,
a palavra destacada refere-se à
A)
bactéria.
B)
comida.
C)
garrafa.
D) poluição.
E)
quantidade.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Vida
Quando
era criança pura,
Moleque,
danado e travesso.
Tudo
que tocava levava
Ao
mundo da fantasia.
Mas
logo me tornei adolescente.
A
confusão permeava minha mente.
Por
mais que tentasse a magia,
Estavam
fechadas as portas da fantasia.
Tempo
passou, tornei-me adulto.
Sempre
à procura do lado oculto.
Mas
as viagens malucas
Continuavam
presas à magia.
Logo
chegou a velhice,
Aquela
que tudo esclarece.
Que
cochichou bem baixinho:
Sabedoria,
só para quem a merece.
BELO,
João. Disponível em:
- p.9, nº 384 - Março/2008.
No
verso “Que cochichou bem baixinho”, a expressão destacada refere-se a
A)
adolescente.
B)
adulto.
C)
criança.
D)
sabedoria.
E) velhice.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Das
negativas
Entre
a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram os sucessos narrados na primeira
parte do livro. O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que
morreu comigo, por causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto, tu me darias
o primeiro lugar entre os homens, acima da ciência e da riqueza, porque eras a
genuína e direta inspiração do céu. O acaso determinou o contrário: e aí vos
ficais eternamente hipocondríacos.
Este
último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto,
não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao
lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do
meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida, nem a semidemência do
Quincas Borba. Somadas umas cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não
houve míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a vida. E
imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado de mistério, achei-me com um
pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: — Não
tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.
Assis,
Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática,
1992, p. 176. Fragmento.
No
trecho “O principal deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu
comigo ...” (. 2-3), o pronome destacado substitui
A)
D. Plácida.
B)
Quincas Borba.
C) o emplasto Brás Cubas.
D)
o legado de nossa miséria.
E) o outro lado do
mistério.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
O
rio
O
homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície, contornando
árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama
verde e macia.
O
homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele desse a mesma beleza.
Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.
O
homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes
admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras,
dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas de sua
casa
alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.
FRANÇA
JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985,
p.13.
No
trecho “... e se entusiasmou pela sua beleza.”, o termo destacado
refere-se à palavra
A)
árvores.
B)
pedras.
C)
planície.
D) rio.
E)
sol.
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Leia
os textos abaixo.
Um
pé de quê?
Antes
de existir a cidade de Belém, vivia lá uma tribo que sofria de falta de
alimentos. Por isso, o cacique mandava sacrificar todas as crianças que
nasciam. Por ironia do destino, sua filha, Iaçá, ficou grávida. Quando a
criança nasceu, foi sacrificada. Durante dias, Iaçá rogou a tupã uma solução
para acabar com o sacrifício das crianças. Foi quando ouviu um choro de um bebê
do lado de fora de sua tenda. Era sua filha sorridente ao pé de uma palmeira.
Iaçá correu para abraçá-la, mas acabou dando de cara com a palmeira. Iaçá ficou
ali chorando até morrer. No dia seguinte, o cacique encontrou Iaçá morta,
agarrada à palmeira, olhando fixamente para as frutinhas pretas. Ele as
apanhou, amassou e fez delas um vinho vermelho encarnado. Para os índios,
aquilo eram as lágrimas de sangue de Iaçá. Por isso, açaí, em tupi, quer dizer
“fruto que chora”.
O
açaí virou o prato principal dos índios da região. Depois, foram chegando os
portugueses, os nordestinos, os japoneses. E o que se diz é que eles só ficaram
porque experimentaram açaí.
Almanaque
Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento.
No
trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” (. 6), no Texto, o pronome em destaque refere-se à
A)
criança.
B)
tenda.
C) filha.
D)
palmeira.
E)
Iaçá.
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(PROEB).
Leia o texto abaixo e responda.
Tempestade
A
noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a
cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol
das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...],
muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de
nuvens pretas.
AMADO,
Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.
No
trecho “... que iluminavam os copos...”, o pronome destacado retoma o
substantivo
A)
homens.
B)
luzes do cais.
C)
Farol das Estrelas.
D) lâmpadas pobres.
E)
saveiros.
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(SADEAM). Leia o texto abaixo.
Disponível em:
. Acesso em: 21 set. 2011.
Esse texto é um poema contemporâneo, rompendo
com padrões tradicionais da composição poética. Entretanto, apresenta um
elemento de continuidade que é o uso de
A) imagem
elucidativa.
B)
narratividade.
C)
objetividade.
D) pontuação
direta.
E)
rimas.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Amor
Um
pouco cansada, com as compras deformando o novo saco de tricô, Ana subiu no bonde.
Depositou o volume no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no banco
procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.
Os
filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho,
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era
enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no
apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas
que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a
testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes
que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. E cresciam árvores. Crescia sua
rápida conversa com o cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque,
cresciam seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando com os jornais
e sorrindo de fome, o canto importuno das empregadas do edifício. Ana dava a
tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.
Certa
hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da tarde as árvores que plantara
riam dela. Quando nada mais precisava de sua força, inquietava-se. No entanto
sentia-se mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e era de se
ver o modo como cortava blusas para os meninos, a grande tesoura dando
estalidos na fazenda. Todo o seu desejo vagamente artístico encaminhara-se há
muito no sentido de tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto
pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima desordem. Parecia ter
descoberto que tudo era passível de aperfeiçoamento, a cada coisa se
emprestaria uma aparência harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.
LISPECTOR,
Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19.
Fragmento.
No
trecho “... deformando o novo saco de tricô,...” (ℓ. 2), a
palavra destacada tem o mesmo
sentido
do verbo
A)
amassar.
B)
enfeiar.
C)
estragar.
D)
sujar.
E)
transformar.
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(SAEPE). Leia os
textos abaixo e responda.
Wall-E
Definitivamente,
Wall-E não deve ser ‘vendido’ como um filme para crianças. Não que não
possa agradá-las, mas certamente é um filme mais interessante para os adultos.
Numa
animação muito bem-feita, o pequeno Wall-E mostra suas aventuras entre a solidão
e o amor, e nos leva a pensar sobre os destinos da humanidade talvez muito mais
próximos que os 700 anos que nos distanciam da época retratada no filme. Mesmo
que não soe muito inédito ou tão profundo, é muito boa a crítica ao
comportamento dos humanos (e “não humanos”) confinados numa grande espaçonave
onde o que mais importa são robôs e consumo – não necessariamente nesta ordem.
A
produção é supercaprichada, o filme tem excelentes cenas (em especial as
sequências que citam – e mostram – “Hello, Dolly”) e até emociona. Mas não
“arrebata”. Saí do cinema muito feliz com o que vi, mas não consegui “abraçar”
o filme ao ponto de inseri-lo no rol de minhas animações favoritas. Mas talvez
seja necessário revê-lo para “mastigá-lo” melhor…
De
qualquer forma, fica a recomendação. Mesmo com tantas aspas e sem tantos
elogios efusivos, tanto o filme quanto o Wall-E personagem merecem ser
assistidos. Um belo filme.
BERESFORD,
Tommy. Disponível em:
. Acesso em:
31 nov. 2011.
No
Texto, no trecho “... talvez seja necessário revê-lo para ‘mastigá-lo’
melhor…” (ℓ. 22-23), a expressão em destaque tem o mesmo sentido de
A)
triturar.
B)
saborear.
C)
repetir.
D)
examinar.
E) digerir.
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Leia
o texto, abaixo e responda.
Preferência
alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos nas embalagens
dos produtos
Estudo
desenvolvido na Universidade da Pensilvânia mostrou que o sabor dos alimentos
nem sempre é fator decisório na hora de escolher a marca. Quem faz a melhor
embalagem é quem vende mais.
Redação Época
Um
estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu
que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas
embalagens de produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham
representações de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor
do alimento. Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins
do filme Happy Feet, fazem as crianças terem hábitos errados de
alimentação.
“Personagens
comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem e
identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma
das autoras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos
usa isso de forma errada, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis
e nutritivos os desenhos mais populares entre as crianças.
“As
crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem
comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que
queríamos saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto;
se colocando esses personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando
subconscientemente o julgamento das crianças”.
Para
comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis
anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o
mesmo cereal – um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados
–, sendo que em duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras
duas, “flocos doces”. Também em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos
foram desenhados personagens do filme Happy Feet.
O
resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens
com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos
saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato
de que, desde muito pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais
açúcar faz mal. [...]
Disponível
em: Acesso em: 10 mar.
2011.
No
trecho “...a indústria de alimentos usa isso...”, o pronome em destaque
refere-se ao fato de
A) as crianças terem maus hábitos de
alimentação devido às embalagens.
B) as crianças lembrarem mais
facilmente de personagens comerciais.
C) o sabor dos alimentos ser de pouca
influência real na escolha infantil.
D) o estudo da Universidade mencionada
ter descoberto algo lucrativo.
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Leia o texto abaixo e
responda.
Todas
as cartas de amor são Ridículas.
Não
seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.
Também
escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como
as outras,
Ridículas.
As
cartas de amor, se há amor,
Têm
de ser
Ridículas.
Mas,
afinal,
Só
as criaturas que nunca escreveram
Cartas
de amor
É
que são
Ridículas.
(Obras
completas de Fernando Pessoa. Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa:
Ática, 1964, p. 83)
A
palavra ridículas repete-se sempre isolada num verso
(A) porque se aplica sempre às mesmas
coisas ou pessoas.
(B) para que se preserve a
regularidade métrica das estrofes.
(C) para enfatizar o qualificativo
central do poema.
(D) porque guarda um
sentido inteiramente novo a cada vez.
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11 comentários:
Atividade perfeita! Obrigado!!!
como é a resposta do numero 2?
Queria saber também
Oi
Responda do número 2 qual é
D21 o que é diabetes
Qual a resposta da questão 2 anacoluto ...anacoluto é anacoluto...
Como responde a ultima questao
As que estão grifadas com vermelho e branco qual é a correta vermelho ou branco ??
Muito bom essa resposta
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