domingo, 26 de janeiro de 2014

Produção Textual para início de ano letivo



Leitura e produção textual – 8º ano

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Realizar antecipações e interpretações durante uma leitura; discutir diferentes interpretações; identificar o estilo de um autor; desenvolver habilidades leitura, interpretação, reflexão e expressão escrita e oral; desenvolver habilidades para revisão de textos; desenvolver a capacidade de argumentação; desenvolver a atitude de colaboração.
Duração das atividades
4 aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Faça um levantamento sobre o que os alunos sabem a respeito sobre processadores de texto e seus recursos, bem como sobre ferramentas de produção de texto na Internet. Essas informações podem ser interessantes para a organização dos agrupamentos e usos de ferramentas na etapa de produção textual.
Estratégias e recursos da aula
1ª. Etapa:

Discutindo Felicidade Clandestina....

Pergunte aos seus alunos se já tiveram algum objeto de desejo, algo que queriam muito e que alguém conhecido o tivesse. Instigue-os a detalhar o que desejavam. Motive-os, assim, a ouvir o conto Felicidade Clandestina, informando-lhes que é uma obra de Clarice Lispector, baseada em memórias de infância sobre algo que ela também desejava muito...

Apresente, então, o 1º. Episódio do programa Categorias Literárias, exibido pela Biblioteca Virtual dos Estudantes de Língua Portuguesa, com o conto "Felicidade Clandestina", de Clarice Lispector

Estimule as interpretações. É importante que entendam que na discussão de um texto literário não existem respostas certas ou únicas. Para promover e ampliar o debate, estimule-os comentar sobre personagens, sobre os pensamentos e sentimentos do narrador: em que voz fala o narrador? O que caracteriza as personagens? Que recursos da língua o narrador usou para descrevê-las? É interessante conversar sobre como uma descrição pode causar impacto no leitor e como Clarice Lispector optou por descrever detalhadamente o pensamento da personagem, mais do que descrever os fatos no trecho inicial do conto. E mais: incentive-os a fazer antecipações e inferências: o que o título sugere que vai acontecer no conto? Quais palavras são desconhecidas no texto? É possível ter uma idéia do que significam lendo o parágrafo em que estão inseridas?


É interessante que os alunos recebam cópias do trecho ouvido, para que, com o texto em mãos, sejam provocados a trocarem as impressões.

A fonte original está em: Lispector, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. Você encontra também o conto disponível na Internet. Exemplo :
http://www.apetesp.com.br/cursos/obras/livros/classicos/clarisse%20lispector/Clarice%20Lispector%20-%20Felicidade%20clandestina.doc

Durante as discussões, estimule que todos os comentários sejam exemplificados com o trecho do texto a que se referem, perguntando-lhes: “qual trecho causou-lhe essa impressão?” Enfim, provoque seu s alunos a comentarem o conto colocando em jogo seus conhecimentos prévios, fazendo antecipações a respeito dos fatos que ainda virão na segunda parte do texto e buscando indícios para validar suas interpretações.

Desafie-os, então, a criar um desfecho para a história antes de ouvirem a segunda parte do conto.

2ª. Etapa:

Produzindo textos colaborativamente...

Os alunos devem ser organizados em trios ou quartetos para produção de um texto colaborativamente. Peça que façam uma síntese das principais idéias e, em consenso, definam qual será o final da história. Devem então fazer um planejamento do enredo, listando os principais tópicos que irão compor o texto e guiarão a escrita. Lembre-os que devem garantir a coerência do discurso. A produção do texto será iniciada no horário de aula usando os computadores da escola e poderá ter continuidade fora dela.
“Felicidade clandestina”

Nesta crônica a narradora em primeira pessoa conta sua primeira experiência com um livro. Porém, este livro é de uma menina má que o oferece emprestado para a narradora, mas sempre inventa uma desculpa para não entregar o livro a ela. Até que a mãe da menina má descobre isso e entrega o livro para a narradora, que passa a saborear o livro como se fosse um amante. Esta crônica tem um cunho autobiográfico, como comprovou a própria irmã da escritora dizendo que se lembra da “menina má”.

O ponto central desse texto é o conceito de “felicidade”. Nele, a escritora parece se questionar “afinal, o que é felicidade?”. A menina presente na crônica parece conhecer bem o dito popular “felicidade é bom, mas dura pouco”, uma vez que ela se utiliza de todas as formas para prolongar seu sentimento de felicidade. Uma vez que ela ganhou permissão para ficar com o livro pelo tempo que desejasse, ela o deixa no quarto e finge esquecer que o possui, só para se redescobrir possuidora dele. Dessa forma, sua felicidade aparece como um sentimento “clandestino”, já que nem ela mesma pode se conscientizar de sua própria felicidade para que esse sentimento não acabe. Concluísse, portanto, que a felicidade deve ser descoberta a todos os momentos e nas coisas mais simples.


Referência Bibliográfica:
Portal do professor MEC

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